quarta-feira, 30 de maio de 2012

Humberto seria, desde 2010, o candidato para 2012?


Eis uma leitura que começa a chegar na cabeça de muita gente da Frente Popular: nas articulações em torno da campanha de 2010 saiu da cabeça de Eduardo Campos uma jogada que pareceu esquisita e inexplicável, pelo menos naquela ocasião, principalmente para os seus aliados que militavam em outros partidos que não no PSB, particularmente  o PT, que passou a mirar a manobra com olhar enviezado. De onde Eduardo tinha tirado a ideia de indicar diretamente para suplente do senador Humberto Costa um ex-adversário político-ideológico – Joaquim Francisco -- que marcara posição nos embates entre os grupos de direita e esquerda que movimentavam a vida política de Pernambuco durante quase três décadas?
Ninguém entendeu. Pelo menos no momento. Mas agora, a se confirmar o atual senador Humberto Costa como candidato a prefeito, e, uma vez vitorioso, todo mundo vai entender o que já se passava na cabeça do governador naquele período. Daí a mil deduções -- nem sempre fantasiosas -- não tardarão a surgir na cabeça de todos que estranharam a ‘esquisita’ opção socialista do chefe maior do partido no Estado.
UM DE MENOS
Entre as interrogações que inevitavelmente virão, está, talvez, a principal delas: será que Humberto Costa não é candidato a prefeito agora em 2012 desde 2010, quando se elegeu senador levando, contra a vontade, Joaquim Francisco a tiracolo como suplente? A pergunta poderia ser reformulada: Joaquim Francisco não seria, desde aquele ocasião, o nome de Eduardo para seis anos de mandato em Brasília, substituindo Humberto e engrossando a bancada do PSD no Congresso, passando a perna no PT, subtraindo-lhe a vaga no Senado?.
Se não apenas ilações românticas, muita coisa se encaixaria no ‘imaginário popular’ quanto ao assunto. Eleito Humberto para o lugar de João da Costa, seria um futuro ‘concorrente’ a menos para a disputa de 2014(ao governo do Estado,) abrindo o terreno para o governador manobrar com o nome que ele bem queira. E, ainda, uma valiosa e cobiçada cadeira no Senado para um correligionário(Joaquim) agradecido, após longo período no ostracismo político. E outras vantagens mais, alavancando o poder de barganha de que muito irá necessitar na batalha de 2014. É, não é crime conjecturar. Tudo pode acontecer. Inclusive nada.

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