domingo, 20 de maio de 2012

Rands e o receio da derrota para João da Costa


O prefeito João da Costa e o deputado-secretário Maurício Rands, ambos petistas, vão se enfrentar hoje nas urnas partidárias pela vaga de candidato da Frente Popular na disputa pela prefeitura do Recife, cargo atualmente ocupado pelo primeiro, o qual teria, em condições normais,  o direito de sair candidato natural do partido a sua própria reeleição. Uma peculiaridade desse enfrentamento deste domingo é que Rands, que vive a proclamar a todo o momento, que vai ganhar a prévia, já se considerando e apresentando até como ‘’futuro prefeito do Recife’’, no íntimo parece que vai para as urnas certo de que não vai ganhar para João da Costa. Isso a julgar pelo que se pode deduzir de algumas das entrelinhas do que o próprio Rands deixa escapar em uma ou  outra das suas incontáveis, festivas e arrogantes declarações à imprensa.
'Se a Frente Popular se enfraquecer, (com a vitória de João da Costa) é claro que há chance de aliados lançarem outros nomes', não se cansa de bradar Rands. Isso ele vem repetindo à exaustão, como se fosse uma advertência-ameaça aos eleitores que vão às urnas petistas hoje, soando como se ele não tivesse confiança nos seus eleitores da militância. Esse mantra ele repete a toda a hora.  “O governador não tem que ir para a disputa com um candidato que vai perder. Por isto, se(?) eu ganhar as prévias, Eduardo Campos vai me apoiar”, diz o inseguro Rands, para quem, - numa milésima repetição -- .'não há registro de uma pessoa que quer se reeleger que esteja estão enfraquecida como João da Costa'.
NAZISMO
Na defesa dessas suas teses Rands se sente reforçado com a determinação deixado clara pelo seu agora aliado desde criancinha João Paulo, de que vencendo João da Costa, não subirá no palanque do prefeito vencedor. Vai para outra plataforma o ex-prefeito. Para defender e justificar o que diz João Paulo, Rands chega até e citar e justificar o ato de Carlos Prestes, impassível ante a entrega de sua mulher, Olga, pelo governo Vargas, ao governo alemão nazista:
 'João Paulo não precisa ser igual a Luiz Carlos Prestes, que subiu no palanque de Vargas, mesmo o governo tendo mandado a sua mulher, Olga Prestes, para um campo de concentração. As pessoas têm circunstâncias específicas. Compreendo as razões pessoais e políticas dele (João Paulo)’’, diz Rands, reforçando que aliados do deputado João Paulo teriam sido perseguidos na prefeitura, além da desatenção de que ele teria sido alvo por parte do prefeito, não respondendo sequer as ligações de João Paulo, e teria até sido insultado.
É UM FESTIM
Enfim, Rands considera tudo quase que como um festim, e nessa linha ele parece ver tudo que acontece no interior do PT recifense neste momento: “É como um amigo que te convida para uma festa. Se a festa for ruim, não tem que ir necessariamente. Da mesma forma, Eduardo não vai ficar obrigado (a apoiar João da Costa). Eduardo não necessariamente tem que acompanhar o candidato.  Eu já disse que o recifense quer o PT no governo, mas quer trocar o piloto da nave (PCR)”.
 

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