Suposta mãe de dois filhos, um de cinco anos e outro de sete meses, ela estaria grávida e disposta a doar o filho a quem o garantisse “melhores condições de vida”. “E quero que o casal se responsabilize pelas despesas que vou ter no lugar que vou ficar”, postou publicamente a garota, cujos pais supostamente não saberiam da gestação de quatro meses, motivo pelo qual ela gostaria de ficar escondida até o nascimento. Para provar a gravidez, enviou uma foto. Por telefone, conversamos com a jovem, que garantiu não saber das investigações nem que havia algo de errado em sua conduta.
“Postei, mas queria apagar. Ainda não decidi se vou doá-lo. O problema com a internet é que a gente não sabe com quem está falando, se a pessoa é de bem e está dizendo a verdade… por isso tive medo”, afirma. Segundo a promotora do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Daiza Cavalcanti, apenas a oferta da criança já configura crime e receber qualquer benefício, em especial “ajudas financeiras”, pode ser considerado desrespeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente. “A lei existe para impedir a facilitação de casos de tráfico ou abandono, mas também é uma segurança, já que sem ela não haveria certeza de que a mulher não estaria recebendo dinheiro por fora”, explica.
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