De forma pacífica, manifestantes se encontraram na manhã deste 7 de Setembro no tradicional Grito dos Excluídos, protesto que há 19 anos ocorre no Centro do Recife. A concentração às 9h, na Praça Oswaldo Cruz, bairro da Soledade, não reuniu as mil pessoas esperadas - grupos religiosos progressistas, movimentos sociais, centrais sindicais e a recém-criada Frente de Luta pelo Transporte Público estiveram presentes.
O funcionário público Flávio Marques faz teatro de rua no bairro de Boa Viagem, Zona Sul. Caracterizado de sertanejo junto a um grupo, reclamava da omissão das autoridades em relação à seca: "Isso também é uma forma de grito", disse. Policiais acompanharam o desfile de perto; não houve registro de confusão.
Para José Carlos da Silva, coordenador de engenho na Mata Sul do Estado, o protesto é de resistência. "O governo tem que ver que ainda estamos vivos. Ainda estamos na luta." Ambulantes aproveitaram a ocasião para garantir um extra. Desde o ano passado, Marcelo Amaro da Silva oferta máscaras e bandeiras no Grito dos Excluídos. Nos primeiros 30 minutos do evento, ele já havia vendido 20 acessórios.
O ato foi palco de protestos curiosos, como o do pernambucano fantasiado de Lula. Uma freira também foi vista em meio ao público presente.
PAUTA - Passe livre, reforma política e melhorias nos sistemas de saúde e educação estavam na pauta de reivindicações do movimento. Os manifestantes desfilaram pela Av. Conde da Boa Vista rumo à Basílica de Nossa Senhora do Carmo, em Santo Antônio, também no Centro.
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