quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Petistas querem candidato próprio ao Governo em 2014

Por Marcelo Montanini
Da Folha de Pernambuco
No momento de acentuada divergência no PT, os candidatos à presidência estadual do partido Teresa Leitão, Bruno Ribeiro e Edmilson Menezes foram unânimes, ontem, no debate do Processo de Eleições Diretas (PED) promovido pela Secretaria de Mulheres do PT Pernambuco. Todos defendem a candidatura própria da legenda ao Governo do Estado, ao contrário do que está se configurando. Amistosos entre si, os presidenciáveis criticaram o governador Eduardo Campos (PSB) e provável adversário político da sigla nas eleições em 2014. “Eu defendo a candidatura própria para 2014”, declarou Teresa, acrescentando uma crítica à aliança com o PTB. “A aliança não pode ser decidida assim em uma mesa de restaurante”, reclamou.
O advogado Bruno Ribeiro corroborou com a correligionária e disparou contra Eduardo Campos. “Vamos mostrar à sociedade que o que ele fez (na gestão) foi pelas mãos do PT, e o que ele não fez nós vamos fazer”, criticou o petista afirmando que “Eduardo Campos e Marina Silva estão iludindo a sociedade” com o discurso de novidade. “Eles são veteranos na política se colocam como novos”. Ribeiro recordou que, apesar de criticar o partido, Marina é formada na escola do PT.
Em consenso com os demais presidenciáveis sobre a candidatura própria do partido, a crítica do professor Edmilson Menezes foi mais contundente ao Governo, sem, no entanto, poupar os correligionários. “Já saímos tarde do Governo. Um Governo que prega isenção fiscal e falta dinheiro na saúde e educação, promove desenvolvimento sem distribuição de renda e a rede de educação, como eles pregam, é uma falácia”, alfinetou Menezes, que também não poupou a aliança que a sigla começou a costurar com o senador Armando Monteiro Neto (PTB). “Lula pode morrer de amores por ele, mas eu não estou nem ai. Se for eleito, com ele, não tem acordo”, afirmou.
Como nem tudo são flores, a entrega de cargos voltou à tona. Teresa explicou, novamente, seu posicionamento favorável e criticou o não cumprimento do roteiro que, segundo ela, havia sido estabelecido. Enquanto o Ribeiro fez uma crítica a atual pauta do partido: as brigas internas. “Só temos esta pauta de falarmos mal uns dos outros”, alfinetou.

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