quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cartilha do PPS considera possibilidade de aliança com Eduardo

O Partido Popular Socialista (PPS) divulgou, aos seus filiados, uma cartilha na qual analisa a nova conjuntura política nacional e alerta sua militância sobre os possíveis caminhos a serem adotados pela legenda diante das diversas opções para as eleições presidenciais do próximo ano. Entre os principais assuntos tratados no texto, as dificuldades encontradas na gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) e uma possível aliança com o Partido Socialista Brasileiro (PSB).
O tom crítico adotado quando entra em cena a dificuldade da presidente Dilma Rousseff (PT) em manter unida sua base é exemplificada pelos pós-comunistas diante dos diversos embates travados por parlamentares do PMDB com relação a diversos temas de interesse do Poder Executivo.
“No plano político, é preciso assinalar que as dificuldades enfrentadas pelo governo refletiram-se, num primeiro momento, numa tendência à desestruturação da coalizão que o apoia. Indicadores dessa tendência são o descontentamento do PMDB e a disposição de parceiros menores de analisar outras alternativas de aliança”, diz um trecho do documento.
O tópico ganha força quando, mais à frente, a cartilha reconhece como uma manobra de fortalecimento o ingresso da ex-senadora Marina Silva no PSB do governador Eduardo Campos. Eis então que surge uma constatação que há meses norteia os discursos dos pós-socialistas: “a conjuntura eleitoral é mais favorável hoje à oposição do que nas vésperas da eleição passada”.
Esse reconhecimento por parte da legenda comandada nacionalmente pelo deputado federal Roberto Freire serve de base para expor aos filiados o que pode vir a ser anunciado nos próximos dias: um alinhamento do PPS com o projeto presidencial de Eduardo Campos.
“O projeto do PPS é, sem pretensões exclusivistas, trabalhar para a construção de uma esquerda democrática no Brasil. Um projeto comprometido com a ampliação da democracia, com a maximização da equidade, com a institucionalidade democrática como caminho para a mudança, com a sustentabilidade ambiental, com a interlocução permanente com os mundos do trabalho e da cultura”.
Apesar de a legenda ter considerado o nome da ex-vereadora paulistana Soninha Francine como pré-candidata do partido ao Palácio do Planalto, Freire nunca negou de forma contundente, quando questionado sobre o assunto, a possibilidade “entrar de cabeça” na candidatura de Eduardo Campos.

Houve, inclusive, a veiculação de um rumor sobre um possível acordo firmado entre os dois dirigentes, o que foi negado pelo pós-comunistas dias após a publicação da notícia.

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