quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Eduardo já tem esboço da fusão de secretarias

Pastas como as de Cultura e Turismo poderão ser absorvidas por outras no organograma do estado


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), virtual candidato à Presidência da República, está disposto a fazer o “dever de casa”. Depois de criticar o excesso de ministérios no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o socialista já tem em mãos três propostas para reduzir o número de secretarias estaduais. O anúncio da extinção e possíveis fusões das pastas será feito na próxima segunda-feira, após uma reunião do comitê de monitoramento da gestão estadual. Apesar de não cravar quais as secretarias que serão alvo da “reforma”, alguns socialistas apostam que as pastas de Cultura e Turismo, de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, além da de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, estão com os dias contados.

“Nós fizemos um processo, vocês já noticiaram isso, de redução de mais de mil cargos comissionados. E o estado está discutindo um redesenho, um organograma, em função de tarefas que já foram cumpridas e diante da situação econômica em geral é importante que a gente faça este movimento”, declarou o gestor, ontem, após inaugurar mais uma unidade de recuperação e tratamento de jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo de Pernambuco (Funase), no município de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. A mudança no secretariado foi anunciada pelo governador em entrevista ao Programa do Jô, da Rede Globo, que foi ao ar na madrugada da última terça-feira.

Recursos próprios
Ontem, o presidenciável fez um discurso de mais de 20 minutos ao lado de lideranças tucanas e sociais-democratas. Estavam lá, entre outros, o secretário da Criança e da Juventude, Pedro Eurico (PSDB) e o prefeito de Vitória, Elias Lira (PSD). O governador chegou a reforçar que todos os recursos foram do governo estadual e só falou de política com a imprensa a respeito da redução das secretarias de governo. Ele rebateu as críticas da bancada de oposição na Assembleia Legislativa de que a proposta seria “eleitoreira” em virtude da aproximação da disputa de 2014. “Eu recebi várias propostas. Esta redução vinha sendo discutida há mais de um mês com o núcleo da gestão”.

“Algumas áreas que a gente vai agrupar, amanhã ou depois, pode ser necessário criar estruturas para enfrentar determinadas situações. Por exemplo, uma das secretarias tem data para encerrar, que é a da Copa do Mundo. Então, isso é próprio, tem umas que são permanentes, Fazenda, Planejamento, as coisas que já são típicas de uma rotina permanente”, completou o governador. Atualmente, o governo de Pernambuco possui 29 secretarias de governo, além da Procuradoria do Estado e a vice-governadoria. As mudanças no secretariado devem afetar, principalmente, a gestão do vice-governador João Lyra Neto, também do PSB, que pode assumir o governo caso Campos decida ser candidato à Presidência ou ao Senado no próximo ano.

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