Entre problemas, infiltrações no solo, elevadores quebrados e falta de climatização
Foto: Divulgação
Do NE10
Fiscalização feita por entidades médicas nessa quarta (27) no Hospital das Clínicas (HC), ligado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apontou uma lista de irregularidades que afetam - e muito - o funcionamento da unidade. Infiltrações no solo, elevadores quebrados e falta de climatização são apenas algumas das precárias condições enfrentadas diariamente por pacientes e funcionários da unidade hospitalar localizada no bairro da Cidade Universitária, no Recife. Diante da calamidade, os órgãos encaminharam nesta quinta (28) ofício para o Ministério Público Federal pedindo audiência com a diretoria do HC, Conselho Regional de Engenharia Arquitetura (Crea), Corpo de Bombeiros e Defesa Civil do Estado para discutir as medidas a serem tomadas em caráter emergencial.
Segundo Sílvio Rodrigues, presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), existe uma verba em torno de R$ 19 milhões destinada ao HC e ainda não utilizada. "Esse dinheiro corre o risco de voltar para a União se não for usado no HC. Queremos uma intervenção para que esses R$ 19 milhões sejam usados até dezembro de maneira emergencial em uma reforma no HC", explica. O Cremepe, em parceria com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), também pedirá ao MP Federal que os Ministérios da Saúde e da Educação sejam notificados da situação do HC.
Segundo Sílvio Rodrigues, presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), existe uma verba em torno de R$ 19 milhões destinada ao HC e ainda não utilizada. "Esse dinheiro corre o risco de voltar para a União se não for usado no HC. Queremos uma intervenção para que esses R$ 19 milhões sejam usados até dezembro de maneira emergencial em uma reforma no HC", explica. O Cremepe, em parceria com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), também pedirá ao MP Federal que os Ministérios da Saúde e da Educação sejam notificados da situação do HC.
Inundações no subsolo prejudicam a estrutura da unidade (Foto: Divulgação)
A denúncia veio à tona após reunião, ocorrida há cerca de 15 dias, do Conselho Universitário, que também analisou parecer técnico do Departamento de Engenharia da UFPE apontando os problemas identificados no hospital. "Todo o prédio mostra rachaduras, inclusive na parte externa, grau de oxidação de pilares e infiltrações que bloqueiam leitos da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) neonatal", conta Rodrigues.
Ainda segundo o presidente do Cremepe, 40 leitos da pediatria estão fechados e um setor de emergência construído no térreo até hoje não abriu as portas para os usuários. "Existe também uma estação de água que está parada por problemas sérios. Os elevadores também continuam sendo um problema sério [segundo fiscalização, dos nove existentes, apenas quatro estão funcionando]. O dinheiro deve ser usado até dezembro para tentar sanar esta situação. A gente quer resolver os problemas com este repasse e não devolver o dinheiro para os cofres públicos", ressalta Sílvio Rodrigues.
Rachaduras estão espalhadas por dentro e fora da unidade (Foto: Divulgação)
Durante fiscalização, funcionários revelaram que tiveram que realizar "cotas" para comprar um ar-condicionado para a área de repouso médico, além de afirmarem que a melhor forma de resolver o problema no hospital - inclusive de menor custo - seria implodir a unidade e construir outro. As entidades receberam denúncias de que o subsolo estava alagado por causa de bombas de sucção quebradas e que a unidade está sem contrato de manutenção predial há 80 dias. O centro cirúrgico também está sem lampada no hall de entrada e, das dez salas de cirurgia, apenas sete estão funcionando.
Alagamentos e infiltrações são recorrentes, afirmam funcionários (Fotos: Divulgação)
O presidente do Cremepe, diante dos problemas encontrados, enxerga duas maneiras de possíveis soluções. "Ou a gente consegue manter os leitos até a construção de um novo hospital ou então esse dinheiro pode ser usado em uma reforma provisória enquanto se pensa a médio e longo prazo em uma reforma (definitiva)", defende.
A assessoria de imprensa do HC ainda não se posicionou formalmente sobre o assunto.
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