quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Após desistir de hotel, Dirceu apresentará novo pedido de emprego














O advogado do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), José Luís de Oliveira Lima, informou que apresentará à Justiça nesta semana um novo pedido de trabalho externo para o cliente, preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Ele não adiantou qual será o tipo de trabalho, o salário nem a empresa que oferecerá o emprego, mas disse que o pedido será encaminhado à Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, que será responsável por analisar a proposta.

No começo deste mês, o ex-ministro desistiu de outra proposta de trabalho, no Hotel Saint Peter, em Brasília, no qual ganharia salário de R$ 20 mil. Segundo nota divulgada pelo advogado na ocasião, a desistência foi motivada pelo "clima de linchamento midiático instalado contra José Dirceu e contra a empresa que lhe ofereceu trabalho".

A desistência ocorreu após o Jornal Nacional localizar no Panamá o homem que seria o presidente da empresa que administra o hotel. De acordo com reportagem, a companhia controladora do Saint Peter é presidida por um panamenho que mora em uma área pobre da Cidade do Panamá e trabalha como auxiliar de escritório em uma empresa de advocacia.

Condenado no processo do mensalão, Dirceu cumpre pena de sete anos e onze meses pelo crime de corrupção ativa em regime semiaberto, quando é possível deixar o presídio para trabalhar de dia. O ex-chefe da Casa Civil também foi condenado a mais dois anos e onze meses por formação de quadrilha, mas não começou a cumprir a punição porque ingressou com recurso que só será julgado no ano que vem.

A Lei de Execução Penal prevê que o salário do preso que trabalha seja destinado à indenização dos danos do crime, à assistência à família do preso, ao ressarcimento do Estado com as despesas pessoais do preso e o restante para uma poupança a que o detento poderá ter acesso quando for solto.

Após receber o pedido, a Vara de Execuções Penais deve pedir que a Seção Psicossocial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal avalie a proposta de trabalho e que prepare um relatório. O Ministério Público terá que opinar sobre o pedido antes de uma decisão final.

G1.

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