sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Guardas são afastados por filmarem decote e partes íntimas de mulheres


O comandante da Guarda Civil Municipal de Araraquara (SP), Rudi Bauer, informou nesta quinta-feira (12) que 12 guardas foram afastados do trabalho depois das denúncias de uso indevido das câmeras de vigilância.
Um vídeo divulgado na quarta-feira (11) revela que os responsáveis pelo monitoramento focalizam partes íntimas de mulheres nas ruas, quando deveriam observar situações suspeitas. Nas imagens, uma mulher e um casal são focalizados pelas câmeras de forma constrangedora. Uma sindicância administrativa já foi aberta pela Prefeitura para apurar a conduta dos funcionários da GCM. O promotor Raúl de Melo Franco Júnior, encarregado da denúncia, deu um prazo de 15 dias para que a Prefeitura informe as medidas tomadas no caso. Araraquara tem hoje 24 câmeras espalhadas pela cidade e, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, 16 funcionam.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Eli Schiavi, os guardas afastados da Central de Monitoramento continuam trabalhando em outras funções na GCM e ainda não há provas concretas do envolvimento deles no caso. A Prefeitura não informou como chegou aos nomes dos afatados e também não divulgou em qual turno trabalham. “Nas imagens que nós vimos até agora não dá para ver data e horário, mas assim que tivermos essas informações teremos condições de identifica-los porque existe uma escala documentando quem trabalha em cada turno”, explicou.

Além desses vídeos, os guardas municipais também teriam uma pasta com mais gravações de partes íntimas de mulheres. Todas também teriam sido feitas pelas câmeras de monitoramento e compartilhadas entre eles. “Nós já fizemos uma varredura e não encontramos nada de irregular no nosso setor de monitoramento, talvez tenham criado uma pasta em computadores particulares”, afirmou o secretário.
Os moradores da cidade ficaram indignados com a falta de privacidade gerada pela falta de comprometimento dos operadores do equipamento. “Falta de respeito com o próprio serviço e deveriam prestar atenção em outras coisas, os bandidos estão soltos”, disse o operador de empilhadeira Inácio de Almeida. “Se o profissional está lá para fazer o serviço dele, deve fazer com decência, não ficar fazendo esse tipo de coisa, que é uma falta de respeito com a população”, comentou a professora Lenice Gonçalves.


G1

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