quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Pernambucana consegue trazer filha da Noruega

Vitória Jesumary estava refugiada na embaixada do Brasil em Oslo para evitar que filha fosse encaminhada para adoção. Foto: Arquivo pessoal
Vitória Jesumary estava refugiada na embaixada do Brasil em Oslo para evitar que filha fosse encaminhada para adoção. Foto: Arquivo pessoal
Deve chegar na noite desta quarta-feira no Recife a pernambucana Vitória Alves Jesumary, de 37 anos, e a filha dela, Sofia Jesumary, de três anos. As duas saíram de Oslo, na Noruega, por volta das 15h50 desta terça-feira (horário de Brasília). Mãe e filha deverão morar na cidade de Olinda, em Pernambuco, onde vive uma irmã de Vitória.
A viagem marca o final feliz de uma história. As duas ficaram escondidas na embaixada brasileira em Oslo, para que a criança não fosse entregue à adoção. A decisão teria sido tomada pela Justiça norueguesa diante da briga judicial travada pela pernambucana com o ex-marido e pai da criança, um chileno com naturalidade norueguesa, para conseguir a guarda dela após a separação. Amigos e familiares de Vitória fizeram correntes nas redes sociais e convocaram a imprensa dos dois países para denunciar o caso, considerado por eles como um atentado ao direito de uma mãe de poder criar a própria filha.

Por e-mail enviado ao Diario, a pastora Ana Lúcia Lima, amiga da pernambucana naquele país, relatou que uma organização social de apoio à criança noruguesa chamada Barnevarkter normalmente é acionada em casos de separação em que os pais disputam a guarda dos filhos. “No caso da criança estar sofrendo abuso, seja psicológico ou físico, eles a tomam dos pais, mas não é o caso da Vitória e da Sofia”, pontuou a amiga. “Eles (a organização) alegam que a mãe não está cuidando bem da menina”, completou. Autoridades locais destacaram ainda que Vitória está desempregada – outro possível entrave para garantir que a criança, nascida em São Paulo, possa ficar com a mãe. O casal, mesmo separado, decidiu em comum acordo de que a criança deveria ser imediatamente tirada da escola e levada para a embaixada brasileira, único local onde realmente estaria segura.

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