Diego Abreu
Diário de Pernambuco

Sem citar os nomes de Cármen e de
Lewandowski, que ficará na chefia do STF até o dia 31, Barbosa destacou
que os colegas ampliaram o período de liberdade de João Paulo. “Qual é a
consequência concreta disso? A pessoa condenada ganhou quase um mês de
liberdade a mais. Se eu estivesse como substituto, jamais hesitaria em
tomar essa decisão”, afirmou.
Alberto Toron, advogado de João Paulo,
critica a postura de Barbosa. “É uma situação triste ver um presidente
do Supremo que não cumpriu sua função na extensão que deveria, vir agora
colocar a culpa nos colegas. Houve um desgaste enorme para o João
Paulo, que ficou encarcerado vários dias no próprio apartamento”,
afirmou Toron.
Procurados pela reportagem, Cármen e
Lewandowski não comentaram as críticas. A ministra, que comandou a Corte
interinamente até sexta-feira, se eximiu de ordenar a prisão de João
Paulo, com base em norma do regimento do Supremo. Lewandowski adotou a
mesma postura. O artigo 341 do regimento do STF estabelece que os atos
de execução das decisões transitadas em julgado serão requisitados
diretamente ao relator do processo, no caso Joaquim Barbosa. Assim,
caberá a ele decretar a prisão de João Paulo em fevereiro, quando
retornar da Europa.
Na entrevista, o ministro rebateu as
críticas que recebeu por causa do valor de R$ 14,1 mil que recebeu a
título de 11 diárias na Europa. “Eu acho isso uma tremenda bobagem. Nós
temos coisas muito mais importantes a tratar.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário