(Diario Político - 12/02 - Marisa Gibson)
O governador Eduardo Campos (PSB) certamente já escolheu seu candidato ao governo e a demora no anúncio, que será feito antes do carnaval, seria apenas para não envelhecer a sua decisão.Porém, nos bastidores do PSB continua uma efervescência especulativa em termos de nomes e de vetos, parecendo até que o partido do governador está sem comando. O nome da vez, Maurício Rands, confirmado apenas pelos bastidores da Frente Popular como o escolhido para candidato ao governo, vem sendo questionado duramente nas mesmas “coxias” governistas.
O ex-deputado federal petista e neossocialista está longe de ser uma unanimidade ou de solucionar o impasse surgido em torno dos nomes do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, do vice-governador João Lyra e dos secretários Tadeu Alencar e Paulo Câmara.
Existem reações contrárias em várias frentes: contra Rands pesam a defesa intransigente que ele fez dos “mensaleiros”, a sua traumática e inexplicável renúncia do mandato parlamentar em 2012 e o desgaste que ele acumulou ao defender a Reforma da Previdência que retirou direitos dos aposentados.
“Caso seja candidato e saia vencedor, diante de uma crise Rands também vai renunciar?”, questiona um governista, sob a segurança do anonimato. “Como alguém que defendeu o mensalão vai se apresentar como representante da nova política?” ironiza o mesmo cético.
Parlamentares contam que prefeitos da Frente Popular – de variados partidos – sabem da força do governador Eduardo Campos, mas demonstram preocupação com a possibilidade de Rands ser o candidato a governador. As bases da coligação governista – inclusive do PSB – veem no ex-petista um “estranho no ninho”, distante do dia a dia do estado.
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