Mariana Almeida, Pernambuco 247 - O deputado federal João Paulo (PT-PE) minimizou o anúncio feito pelo presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, que colocou o seu nome como pré-candidato ao Governo de Pernambuco. De acordo com o deputado, a colocação do nome de Barreto pode ser realizada por “qualquer militante filiado ao PT”, desde que o indivíduo tenha em mente que a ação contraria orientações do Diretório Nacional do partido. Atualmente, a instância nacional petista pleiteia uma aliança com o senador Armando Monteiro (PTB-PE) em Pernambuco para encabeçar uma chapa competitiva o bastante para disputar a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas contra o indicado pelo PSB, do governador e presidenciável Eduardo Campos. A falta de sintonia entre os membros do PT em torno da questão pode reavivar o rachas interno vivenciado pela sigla, que perdura desde as eleições municipais de 2012.
“Qualquer militante filiado ao PT pode colocar o nome à disposição do partido para as eleições, desde que entenda que isso contraria uma orientação do presidente nacional da legenda, Rui Falcão”, afirmou João Paulo, para oPernambuco 247. “A colocação de Barreto, entretanto, não representa uma sinalização do partido para uma candidatura própria, representa que o nome será analisado pelo PT. A tendência agora é estudar a possibilidade de uma aliança com Armando, mas ainda não existe nada definido”, acrescentou. João Paulo também é considerado pelos petistas pernambucanos como um provável candidato ao governo do Estado, caso a legenda faça a opção por lançar uma chapa própria.
Barreto declarou, nesta segunda-feira (10), que já vinha conversando com seu grupo político sobre a possibilidade de colocar o seu nome à disposição do PT. “Sou pré-candidato ao Governo de Pernambuco. Colocarei meu nome para que o partido analise melhor essa opção” declarou o petista, durante entrevista para a Rádio Folha. O nome de Barreto, bem como o seu posicionamento, deverá ser levado pela presidente do PT em Pernambuco, Teresa Leitão, à próxima reunião da Executiva Estadual.
Barreto esteve no centro de diversas polêmicas nos últimos meses, uma vez que o petista é um dos poucos remanescentes do partido dentro do governo de Eduardo Campos (PSB). O petista, que ocupa a posição de secretário executivo de Agricultura, afirmou, em entrevista recente, que tem “o maior orgulho em participar do governo Eduardo”. Apesar disso, ele declarou que deverá sair do posto até a próxima segunda-feira (17). O PT entregou os cargos públicos que ocupava nas administrações do PSB em outubro de 2013, em resposta à saída da legenda socialista da base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
A colocação de Barreto ao pleito estadual, entretanto, vai de encontro às preferências da Executiva Nacional do PT. A instância nacional do partido já manifestou preferência por um apoio à candidatura do petebista Armando Monteiro, cujo partido apoia o PT nacionalmente. A divergência entre as opiniões entre os diretórios nacional e estadual do PT pode reacender as discussões internas do partido, prejudicando a união necessária para que a sigla trabalhe na reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
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