segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Herdeiro e família do Grupo Pirassununga 51 são sepultados

Do NE10

Com grande tristeza, cerca de mil pessoas compareceram ao enterro de um dos herdeiros do grupo que faz a cachaça 51 e sua família, na tarde deste domingo (28), em Pirassununga (a 211 km de São Paulo). O empresário Marcelo Müller, 33 anos, (acionista e neto do fundador da Companhia Müller de Bebidas, que produz a cachaça Pirassununga 51); sua mulher, a advogada Lumara Rocha da Silva Passos Müller, 31; a filha do casal, Georgia Passos Müller, de dois anos, morreram na queda de um helicóptero neste sábado (27) em Bertioga (a 103 km de São Paulo), no litoral paulista.

O corpo do piloto foi sepultado por volta das 11h no Cemitério da Paz, na região do Morumbi, na zona oeste de São Paulo. A babá foi enterrada às 16h no Cemitério Jardim da Paz, em Embu das Artes, na Grande São Paulo.

ACIDENTE - A queda foi em um mangue próximo ao km 229 da rodovia Rio-Santos, na altura do bairro Sítio São João. No impacto com o solo, a aeronave explodiu. Todos os cinco passageiros morreram carbonizados. Müller e a mulher decidiram levar a filha para um hospital em São Paulo porque a menina estava com uma virose. A família Müller morava na capital paulista. Eles estavam hospedados na casa de amigos no condomínio Iporanga, onde passaria as festas de final de ano.

Foi então que Müller contratou a Helimarte, que enviou o helicóptero do Campo de Marte (zona norte) para buscá-los. Pessoas que estavam próximas ao local da queda registraram a aeronave ainda em chamas após o acidente. Pescadores que viram o helicóptero disseram que a aeronave levantou voo do condomínio Iporanga, atravessou um canal e logo caiu.

Técnicos da Aeronáutica foram ao local para apurar as razões do acidente. As causas ainda não estão claras --o tempo estava bom na região. Como parte da investigação, será verificado, por exemplo, se o helicóptero apresentou falha mecânica e se o piloto cometeu erro.

Dona do avião, a Helimarte disse que a aeronave estava em "perfeitas condições de voo" e não quis dizer se o piloto havia reportado alguma falha durante o voo. "Todas as informações estão sendo prestadas às autoridades que investigam a ocorrência", disse a empresa, que lamentou o acidente.

A aeronave, um Helibras Esquilo prefixo PT-HNC, fabricado em 1989, estava com a situação regular na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A inspeção anual de manutenção venceria em fevereiro do ano que vem.

O seguro estava válido, e o piloto tinha habilitação em dia. A Helimarte havia colocado o helicóptero à venda por R$ 3,3 milhões. De 2004 a 2013, helicópteros estiveram envolvidos em 17% dos acidentes aéreos no Brasil, com 189 casos.

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