Em nota divulgada nesta quinta, Paulo Câmara critica Eduardo Cunha. "Ele precisa deixar a presidência da Casa", diz o texto.
Do G1 PE
Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira (3), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou que não é a favor do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. "Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República", diz o texto.
O governador de Pernambuco diz ainda que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), "precisa deixar a presidência da Casa". "Foi aberto o processo de impeachment, para o qual, no meu entender, o presidente Eduardo Cunha tem sua legitimidade comprometida na condução da Câmara dos Deputados. Ele precisa deixar a presidência da Casa".
Câmara afirmou ainda que não participou da confecção da nota que está circulando como sendo a posição dos governadores do Nordeste. "A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação", enfatiza.
Ainda na nota, Paulo Câmara diz esperar que o país possa superar esse impasse político. "É necessária uma união nacional para a superação dos atuais obstáculos. Temos que trabalhar duro para que em 2016 esta crise política seja ultrapassada e que os problemas econômicos sejam efetivamente enfrentados. Isso só será possível com estabilidade política para resgatar a confiança e a credibilidade na nossa economia".
O governador termina a nota reafirmando a posição do PSB. "Nosso partido não votou nem na presidente da República e nem no presidente da Câmara dos Deputados. Trilhamos nosso próprio caminho. Essa postura continuará, defendendo as instituições e o respeito à Constituição do país".
Confira abaixo a íntegra da nota:
"Gostaria de registrar, para esclarecimento, o meu entendimento a respeito do momento político que vive o Brasil. Não houve tempo, de minha parte, de conversar sobre esta nota que está circulando como sendo a posição dos Governadores do Nordeste. A nota divulgada, a qual respeito, não teve minha participação. E, por isso, gostaria de externar minha posição.
Entendo que não existe, até aqui, as condições para o impedimento da presidente da República. Mas há agora um fato consumado: foi aberto o processo de impeachment, para o qual, no meu entender, o presidente Eduardo Cunha tem sua legitimidade comprometida na condução da Câmara dos Deputados. Ele precisa deixar a presidência da Casa.
Diante do fato consumado, espero que possamos superar esse impasse político. O que a população quer ver são ações em favor da coletividade, tais como a nossa luta para conter o avanço do mosquito aedes aegypti; o combate ao desemprego, que sobe em velocidade; o esforço para tomar medidas certas para controlar a inflação; e nossa atuação para recolocar o Brasil nos trilhos para que o País volte a crescer e a gerar emprego e renda.
É necessária uma união nacional para a superação dos atuais obstáculos. Temos que trabalhar duro para que em 2016 esta crise política seja ultrapassada e que os problemas econômicos sejam efetivamente enfrentados. Isso só será possível com estabilidade política para resgatar a confiança e a credibilidade na nossa economia.
Esse processo também é uma oportunidade para o Governo, de fato, quem sabe, rearrumar a sua base no Congresso Nacional e aprovar as medidas necessárias para ajustar a economia. É preciso dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer tomada de posição.
Nosso partido não votou nem na presidente da República e nem no presidente da Câmara dos Deputados. Trilhamos nosso próprio caminho. Essa postura continuará, defendendo as instituições e o respeito à Constituição do País.
Paulo Câmara
Governador do Estado de Pernambuco"
Nenhum comentário:
Postar um comentário