Cirandeira é considerada patrimônio vivo de Pernambuco desde 2005 e foi agraciada com a medalha de Ordem do Mérito Cultural do Brasil em 2004 e
Por: Redação OP9
Lia de Itamaracá durante a 18ª Fenearte. Foto: Arthur Mota/Divulgação
A cirandeira Lia de Itamaracá, patrimônio vivo de Pernambuco desde 2005, recebe, na manhã nesta terça-feira (27, o título de doutora honoris causa da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O grau foi concedido à artista pela grande contribuição dela à cultura local. A cerimônia de entrega acontece no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções, no bairro de Salgadinho, em Olinda.
De acordo com o Estatuto da UFPE, o título de doutor honoris causa somente é concedido a personalidades eminentes que tenham contribuído para o progresso da universidade, da região ou do país, ou a pessoas que tenham se destacado pela sua atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura em geral.
Maria Madalena Correia do Nascimento, a Lia, tem 75 anos e é considerada embaixadora da ciranda local. É cantora, compositora, dançarina, brincante e cirandeira, além de comendadora da Ordem do Mérito Cultural Brasileiro desde 2004. A obra de Lia é considerada determinante para a formação da identidade cultural do Nordeste.
A proposta de concessão do título, aprovada no dia 9 de agosto, defende que o trabalho de Lia, além da repercussão nacional, ultrapassou fronteiras. “Ela colocou a democrática ciranda, uma dança circular, dançada ao som das ondas da Ilha de Itamaracá, no roteiro turístico e cultural do estado de Pernambuco e do Brasil, sendo reconhecida internacionalmente”, atesta o documento.
“Sua arte ensina aos povos o ato de dar as mãos e de coexistir, compartilhando uma mesma música e uma mesma dança. Em seus 75 anos de existência, nos ensina que ‘esta ciranda quem me deu foi Lia que mora na Ilha de Itamaracá’ e nos inspira a pensar a educação de forma diferente, em um mundo desigual que insiste em ignorar a diversidade”, enfatiza a proposta.
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