EJA RURAL É DESTAQUE NO SITIO MATÃO ZONA RURAL DE SAO JOÃO

No interior de Pernambuco, mais precisamente na cidade de São João na cidade de São João depois de anos, moradores de comunidades agrícolas passaram a se alfabetizar. É a primeira vez que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) chega à Zona Rural do município, no Sítio Matão, são 22 alunos matriculados, na Escola João Marinho, no Sítio do mesmo nome. O programa ganhou novo fôlego na administração do Prefeito Wilson Lima

Os estudantes são, na maioria dos casos, já idosos, que integram as comunidades rurais das adjacências. Para eles, nunca é tarde para aprender a ler e a escrever.

O agricultor, aluno da turma do Professor Klebson Sampaio de 68 anos, é um dos inscritos. Ele dedicou a vida a cuidar dos bichos e da vida no campo, mas nunca teve a oportunidade de chegar à alfabetização. Nessa turma o aluno mais velho tem 89 anos.

“Hoje, com essa internet aí, se você não ‘saber’ ler um pouquinho, você passa muita dificuldade, muita dificuldade mesmo. […] O velho pra chegar no banco, se não ‘saber’ ler e escrever um pouquinho, nem o dinheiro dele ele tira. Fica dependendo de filho, filha, nora, genro”, comentou. Outra aluna, de 77 anos, e a filha dela, de 49 anos, também estão tendo a oportunidade de se alfabetizar, juntas.

“Tô muito alegre. Tenho fé em Deus que vou aprender pelo menos a assinar meu nome. A gente, analfabeto, é o mesmo que ser um cego”, disse Maria.

Inicialmente, a EJA MATÃO atende 22 pessoas, que estão na supervisão do Professor Klebson, mas o objetivo é garantir o estudo de muito mais moradores e de pelo muito mais comunidades rurais, frisou a secretária de educação do Município Karina Evaniele.

A professor nasceu em Garanhuns, tem 42 anos, estudou no Colégio Diocesano, e preferiu ficar e fixar residência na comunidade para poder ajudar na educação dos moradores.

“Existe, sim, esperança. Há força de vontade para lutar pela nossa comunidade, pelas pessoas que moram longe e que são esquecidas. Gente, não deixe de acreditar no seu eu e no seu próximo”, destaca.

A esperança dessa professor tem proporcionado uma verdadeira mudança de vida de muitas pessoas.

“Me sinto muito feliz de retornar meus estudos de novo. Eu não sei de nada, por isso que eu não arrumo emprego, trabalho, porque eu não tenho meu estudo”, comentou outra agricultura a nossa reportagem.

Maioria dos inscritos no EJA ofertado no interior