Para mostrar um pouco da tradição política da família de Raquel Lyra, é importante que se conheça, sobretudo as novas gerações precisam conhecer, um pouco da história do democrata e tio de Raquel, o gigante Fernando Lyra, homem público decente e honrado que deixou um legado nacional no enfrentamento à ditadura e que sempre lutou pela democracia. O tio de Raquel Lyra foi um exemplo de político probo, honesto, decente e de bem. O blog mostra aqui nesta segunda feira dia 21/03, um pouco dessa história. O pai de Raquel Lyra, João Lyra, tem uma História mais recente, porém foi deputado, prefeito de Caruaru, vice governador e governador de Pernambuco. O avô de Raquel, João Lyra Filho foi também prefeito de Caruaru, deputado federal e uma grande liderança. Mas vamos lá, eis a matéria:
Fernando Soares Lyra, nasceu no Recife em 8 de outubro de 1938 foi um advogado e político brasileiro que exerceu seis mandatos de deputado federal por Pernambuco, além de exercer o cargo de Ministro da Justiça, entre 1985 e 1986, no mandato de José Sarney.
HISTÓRIA 1- Filho do ex prefeito de Caruaru, João Soares Lyra Filho (1913-1999) e Guiomar Farias Lyra, nasceu no Recife, a 8 de outubro de 1938, mas cresceu em Caruaru, no quadro de uma família abastada da qual também faz parte seu irmão, o ex-governador de Pernambuco João Lyra Neto e a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, sua sobrinha.
"Já ouviu falar na Lagoa dos Gatos? De lá saiu meu pai, primeiro mascateando, depois se fixando em Caruaru, onde se tornou vendedor de automóveis e caminhões, montou uma agência revendedora de grande porte e, em seguida, entrou no negócio de ônibus intermunicipais. Sou filho de classe média abastada, mas com sensibilidade social bem definida, porque João Lyra, meu pai, fez a trajetória dos empreendedores."
HISTÓRIA 2- Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Caruaru em 1964 passando a trabalhar como advogado. Começou sua vida pública pelo MDB ao ser eleito deputado estadual por Pernambuco em 1966. Candidato a deputado federal foi eleito em 1970, 1974 e 1978. Em 1971, fundou - juntamente com Chico Pinto (Bahia), Alencar Furtado (Paraná), Marcos Freire (Pernambuco) e alguns outros - o grupo dos "autênticos do MDB" - parlamentares que, dentro e fora do Congresso, faziam real oposição à ditadura. Posteriormente, ao longo de sua estadia em Brasília, passaria a adotar posições mais próximas aos "moderados" do partido, sobretudo por sua aproximação com Tancredo Neves.
MINISTRO DA JUSTIÇA - Após o fim do bipartidarismo ingressou no PMDB em 1980 e foi reeleito deputado federal em 1982 afastando-se do mandato para ocupar o Ministério da Justiça no início do governo José Sarney, indicado que fora por Tancredo Neves em reconhecimento ao seu papel de coordenador político na campanha do político mineiro rumo ao Planalto em 1985.
Reeleito deputado federal em 1986 ingressou no PDT no ano seguinte e em 1989 foi candidato a vice-presidente na chapa de Leonel Brizola nas eleições daquele ano não chegando, porém, ao segundo turno que foi disputado entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva. Em 1990 foi eleito primeiro suplente de deputado federal sendo efetivado em 1º de janeiro de 1993 quando já estava filiado ao PSB. Há mais de 40 anos na vida pública, exerceu seu último mandato de deputado federal até 1998, quando não disputou a eleição: garante que seu estilo de atuação não tem mais espaço no Congresso.
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FUNDAJ- Foi presidente da Fundação Joaquim Nabuco, órgão do Ministério da Educação, de 2003 a 2011. após essa função ser ocupada durante 31 anos por Fernando Freyre, filho de Gilberto Freyre. (Atualmente quem ocupa essa função é o irmão do falecido governador Eduardo Campos, o escritor e advogado Antônio Campos)
EDUARDO CAMPOS - Em 2006, teve papel importantíssimo na campanha e vitória de Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes para governador, com seu irmão, João Lyra Neto, na chapa como vice-governador de Pernambuco. Do mesmo modo, contribuiu para a reeleição de Eduardo Campos em 2010 numa votação histórica, com quase 83% dos votos sobre o senador e ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos.
LIVRO- Em 2009, lança o livro Daquilo que eu sei - Tancredo e a transição democrática, no qual revela, através das memórias pessoais do autor, o período histórico das Diretas Já e da derrocada do regime militar. No livro, Lyra relata seu trabalho como um dos articuladores da eleição de Tancredo Neves. A obra é um misto de revelações pessoais e dos bastidores do processo de transição democrática iniciado no Brasil com o fim da ditadura militar. Ela é composta de anotações e reflexões do autor, notadamente sobre o cenário político do país na década de 1980.
DIRETAS JÁ- Fernando Lyra esteve à frente da campanha das Diretas Já e de todo o processo que culminou na escolha de Tancredo Neves para a candidatura à presidência da República e sua eleição pelo Colégio Eleitoral, marcando o fim do Regime Militar. De adversário, dentro do mesmo partido (o MDB), Fernando Lyra passou à condição de homem de confiança do futuro presidente.
O livro trata ainda da morte de Tancredo, da ação de Fernando Lyra no Ministério da Justiça, durante o governo de José Sarney, da desconstrução da lei da censura e do relacionamento tenso do autor com o político Ulysses Guimarães. O jornalista Mauro Santayanna é um dos autores das apresentações. Além dele, assinam pré-textuais ou apresentações Cristóvam Buarque, José Paulo Cavalcanti Filho e Joaquim Falcão, pessoas estiveram com Fernando Lyra no Ministério da Justiça. A obra apresenta ainda fotografias do acervo pessoal de Fernando Lyra e imagens cedidas pela fotógrafa Paula Simas.
FALECIMENTO- Fernando Lyra foi internado no dia 5 de janeiro de 2013, no Hospital Português do Recife, apresentando quadro de insuficiência cardíaca congestiva grave, associada a infecção sistêmica e insuficiência renal aguda. O quadro se desenvolveu a partir de uma infecção urinária agravada pela doença cardíaca, que o acometia há 20 anos. Foi transferido para o Instituto do Coração, em São Paulo, onde faleceu, aos 74 anos de idade.
Como vimos acima a pré candidata a governadora de Pernambuco pelo PSDB, Raquel Lyra tem no seu DNA uma história muito forte na política pernambucana.
RAQUEL LYRA- Em 2002, assumiu o cargo de delegada da Polícia Federal, onde permaneceu até 2005. Nesse mesmo ano, foi aprovada para a Procuradoria Geral do Estado. De 2007 a 2010, foi chefe da Procuradoria de Apoio Jurídico e Legislativo do governo de Eduardo Campos. Raquel também foi eleita duas vezes deputada estadual de Pernambuco pelo PSB. Em 2010 foi a mulher mais bem votada do estado e de Caruaru. No segundo mandato de Campos, foi Secretária da Criança e da Juventude e, em 2014, teve a terceira maior votação do estado para deputada estadual.
É a primeira prefeita de Caruaru, eleita em 2016 e reeleita em 2020.
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