A determinação teria sido feita por Bolsonaro ainda em março de 2020, mas só foi concretizada em junho, quando Marcelo Lopes da Ponte foi nomeado presidente do órgão. Marcelo já foi chefe de gabinete de Ciro Nogueira (PP-PI) e, na semana passada, foi questionado no Congresso Nacional sobre suspeitas de sobrepreço e irregularidades em repasses do fundo para prefeituras.
Weintraub afirmou que quando recebeu a ordem do presidente, tentou adiar a nomeação. “Eu fiquei adiando o máximo que eu podia, fiquei adiando. Eu subi toda a governança, as regras, do processo decisório do FNDE. Tentei inclusive fazer um conselho, um board, decisório pro FNDE, pro presidente do órgão não se reportar só ao ministro da Educação, se reportar ao ministro da Economia e ao da Casa Civil. Na época era o Braga Netto. Tentei, o Braga Netto não quis”, disparou o ex-ministro da Educação
O ex-integrante do governo Bolsonaro atribuiu ao atual ministro da Secretária-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, a aliança do governo Bolsonaro com o Centrão. Assista abaixo.
Weintraub diz ter entregado documentos à PF e ao MP sobre indícios de irregularidades
O ex-ministro da Educação afirmou ter entregado à Polícia Federal e ao Ministério Público documentos que podem mostrar indícios de irregularidades na pasta. Dessa forma, ele aproveitou para atacar o seu concorrente na corrida ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
“Quando eu entrei lá, eu comecei a ver os esqueletos do passado. Fui juntando documento e protocolando. Então assim, você vê desde livro didático com preço errado, você vê gráfica, problema da gráfica e ai já apareceu né. Uma das coisas que já apareceram foi o Enem superfaturado”, afirmou Weintraub.
Ele revela, também, que levantou a documentação sobre uma compra suspeita de notebooks em 2019, já no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas antes de ele assumir a pasta. “Eu cancelei o contrato”, diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário