BLOG DO EDNEY
NA LUPA 🔎
Por Edney Souto.
UM RAIO-X DAS ELEIÇÕES INDICAM NOVA REFORMA ELEITORAL EM BREVE
Caro leitor aqui na nossa coluna desta quinta-feira trazemos um tema que ficou bastante evidente nessas eleições e que com absoluta certeza os legisladores não irão deixar passar em branco na hora que se reunirem para instalação da próxima legislatura da Câmara Federal e também do Senado Federal em Brasília. Os deputados federais e os senadores terão que obrigatoriamente se debruçar na busca de um equilíbrio para os temas aqui narrados. Vamos lá :
LIÇÕES- São muitas as lições que os congressistas estão tirando desta eleição de 2022. Numa rápida análise aqui na nossa coluna está praticamente sacramentado que muita coisa precisa mudar nas regras da eleição de 2024, pois o laboratório de testes de 2020 caiu como uma bomba em 2022. São muitos os efeitos negativos individualmente que colocaram em risco várias candidaturas e outros que exatamente por causa dessas regras perderam o mandato e interromperam uma série de mandatos. Só para citar alguns temos Gonzaga Patriota, Wolney Queiroz, Zé Queiroz, Raul Henry e inúmeros parlamentares pelo Brasil inteiro que naufragaram nas urnas. Caso as regras de coligação estivessem valendo todos esses citados aí acima teriam sido reeleitos.
TERÃO QUE MUDAR - Outros que foram eleitos na “ponta da rama” como diz o dito popular já sabem que escaparam da degola eleitoral por um triz e não irão esperar e pagar pra ver isso mais adiante. Essa mudança toda foi gestada para impedir que os pequenos partidos políticos tivessem acesso ao tempo de televisão e ao fundo partidário e eleitoral. Na verdade é a ganância e não os preceitos democráticos que nortearam essas mudanças em 2020 e que vieram a causar um efeito devastador em 2022. Os deputados federais pressionados pelos colegas e também pelas suas bases nas Assembleias Legislativas em todo Brasil serão obrigados a mais uma vez interferir nas regras e mexer na Lei Eleitoral, que já é uma colcha de retalhos de tanto ser emendada e remendada.
DISTORÇÃO- uma grande distorção também apareceu quando colocaram um limite mínimo de 80% para uma legenda ter acesso as vagas das sobras eleitorais. Ao instituir que apenas os partidos que tivessem esse percentual teriam acesso a brigar pelas sobras, terminaram liquidando ligeiramente também a chamada “verdade eleitoral” onde um candidato bem votado não chega mesmo tendo excelente e maior votação que outros porque a cláusula de 80% de votos do cociente não foi atingido pelo sua legenda. Todos os votos dados pelo eleitor não elegem ninguém e irão todos pra o lixo. Já a outra barreira que impõe 20% de votação individual para um candidato cujo partido passou dos 80% do cociente, assumir a vaga. Essa daí não foi questionada.
PESQUISAS- Aqui o tema é muito sério é complexo. Pesquisas no momento estão possuindo o condão de interferir drasticamente na opinião do eleitor o famoso: “só voto em quem vai vencer, só voto no que tá em primeiro”. Isso daí se constitui uma ameaça à democracia porque interfere de maneira brusca num elevado percentual de eleitores mudando sim de verdade o curso natural de uma eleição. Além disso as pesquisas viraram uma bodega de esquina. Uma por cima da outra e institutos que aparecem do norte ao sul do Brasil com números discrepantes que não batem coisa com coisa. Esse quesito precisará ser amplamente revisado pelo legislador federal. Estamos assistindo a um verdadeiro festival de “salve-se quem puder” e ninguém pode se salvar com essa legislação frouxa sobre as pesquisas eleitorais.
GUIA ELEITORAL- Este instrumento perdeu totalmente a sua força de outrora. Em Pernambuco onde o PSB deitava e rolava “estufando” o peito por ter quatro ou cinco vezes o tempo de guia eleitoral que os seus concorrentes foi por água a baixo. Desceu a ladeira junto com Danilo Cabral como num caminhão sem freio e espatifou-se na derrota de um quarto lugar que ainda pode se considerar honroso pois tinha tudo para ficar último. Esse instrumento não encontra mais consonância na sociedade que prefere o smartphone e as redes sociais.
FAKES NEWS- um grave problema social e o uso dessa ferramenta que leva mentiras, desinformarão e perdido pra onde são lançadas. Ocupam a pauta dos tribunais eleitorais e fazem a justiça perder tempo se debruçando sobre afirmações e fatos falsos e na maioria das vezes com extremo potencial de maldade pura. É uma seara que precisa ser combatida a todo custo e que a legislação futura vai necessitar agravar as punições para os que fazem das Fakes News uma arma na guerra eleitoral.
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