segunda-feira, 22 de maio de 2023

Na Lupa 🔍 Segunda 22/05/23, Blog do Edney

BLOG DO EDNEY 
NA LUPA 🔎 


Por Edney Souto. 


LIDERANÇAS DE GARANHUNS QUE NUNCA ENTRARAM NA POLÍTICA E PERDERAM O BONDE DA HISTÓRIA 

LUCIANO DO DULAR- O empresĂĄrio Luciano Oliveira, que hoje dedica-se integralmente a sua indĂșstria do CafĂ© Ouro Verde, teve o seu nome colocado por diversas vezes para ser prefeito de Garanhuns. Tivesse entrado na disputa teria sido sem nenhuma dĂșvida, prefeito da nossa cidade. Foi Luciano quem trouxe tambĂ©m a RĂĄdio FM 7 Colinas, que hoje pertence Ă  famĂ­lia do ex-deputado Ivo Amaral, de saudosa memĂłria, e que muita falta faz a todos nĂłs, pela sua lucidez e visĂŁo correta da realidade nacional e local. Luciano Oliveira foi cortejado por deputados federais, governadores, senadores e inĂșmeras lideranças locais, porĂ©m nunca aceitou sequer discutir ou conversar sobre o tema. “Sou empresĂĄrio, nĂŁo sou polĂ­tico”, teria dito ao ser convidado por uma grande liderança do nosso estado. Dessa maneira o tempo passou e Luciano, que cuida pessoalmente dos seus negĂłcios, junto dos filhos, jamais pensou em entrar para a polĂ­tica. Perdeu Garanhuns que poderia ter contado com um grande gestor financeiro e administrativo. 
MARINHO DA PÉROLA - MĂĄrio Barbosa, o Marinho da PĂ©rola Joias, foi outro nome expressivo que jamais se permitiu entrar para a polĂ­tica de nossa cidade de forma direta. Seu nome foi bastante cogitado para disputar o palĂĄcio Celso GalvĂŁo, atĂ© mesmo por prefeitos que exerciam mandato e nunca aceitou o desafio. NĂŁo foram poucos os convites que o empresĂĄrio recebeu para deixar a iniciativa privada e transferir-se para a vida pĂșblica. AtĂ© mesmo o ex-prefeito Bartolomeu Quidute foi um dos que, entre outros, insistiram pra que MĂĄrio Barbosa viesse para a polĂ­tica. NĂŁo teve jeito, simplesmente nĂŁo aceitou. Tivesse sido o candidato em 1996 teria sido prefeito tranquilamente da Suíça Pernambucana. Em tempo apĂłs sucessivos convites que nunca foram aceitos, vĂĄrios polĂ­ticos locais tambĂ©m queriam que o filho de Marinho, MĂĄrio CĂ©sar, topasse a parada, o que tambĂ©m nĂŁo aconteceu e nem um nem outro chegaram ao PalĂĄcio Celso GalvĂŁo. 
ALUÍZIO ALVES- O radialista e comunicador, gerente geral da RĂĄdio Difusora de Garanhuns AluĂ­zio Alves, de saudosa memĂłria, era titular do maior programa de audiĂȘncia de toda a histĂłria no interior pernambucano, a Ronda Policial e foi muitas vezes sondado para ser prefeito de Garanhuns e preferia alimentar o mistĂ©rio, porĂ©m na Ășltima hora nunca se confirmava a postulação de AluĂ­zio Alves, uma pessoa querida e amada do povo de Garanhuns e que tambĂ©m faz muita falta, sobretudo aos mais humildes a quem atendia com a assistĂȘncia social, que fazia no seu competente programa radiofĂŽnico. AluĂ­zio Alves era, na sua Ă©poca, um nome acima de todos os partidos e ligado ao povĂŁo. Se tivesse entrado na parada polĂ­tica nĂŁo ia ter pra ninguĂ©m. Querido e amado seria eleito facilmente prefeito de Garanhuns. 
JEOVÁ DO JATOBÁ- O empresĂĄrio JeovĂĄ Barros, empresĂĄrio do ramo de bebidas e refrigerantes sempre teve o seu nome lembrado para concorrer a prefeitura de Garanhuns no Agreste Meridional. JeovĂĄ entretanto, apesar de nunca ter aceito o convite para entrar diretamente polĂ­tica local, ainda disponibilizou a sua força e elegeu o seu irmĂŁo GedĂ©cio Barros (foto) para a Casa Raimundo de Moraes, onde exerceu mandatos de vereador. PorĂ©m o preferido dos polĂ­ticos era JeovĂĄ que nunca foi convencido por nenhuma pessoa a entrar diretamente e por a cara na polĂ­tica. Os mais antigos afirmam que teria sido prefeito pois alĂ©m de ser, na Ă©poca, uma grande liderança empresarial, gerava centenas de empregos diretos e indiscretos na Cidade da Flores. 
JOÃO INOCÊNCIO- O engenheiro JoĂŁo InocĂȘncio, que nĂŁo se encontra mais entre nĂłs, tambĂ©m foi bastante lembrado para disputar a prefeitura de Garanhuns. Nele de fato nasceu o desejo de governar a cidade que, de certa forma ajudou a projetar na sua prancheta, pois realizou inĂșmeras obras pĂșblicas e participou como engenheiro, de milhares de construçÔes privadas na cidade de Garanhuns. JoĂŁo InocĂȘncio era a bola da vez na eleição de 1992, porĂ©m foi convencido a sair do pĂĄreo a fim de abrir caminho para o mĂ©dico JosĂ© Tinoco Machado de Albuquerque, ex-deputado federal e que foi indicado pelos caciques do PFL na Ă©poca, para enfrentar o que parecia ser o favoritismo de Givaldo Calado(PSB) o candidato de Miguel Arraes e de nada menos do que nove partidos na Ă©poca. Deu errado e JoĂŁo InocĂȘncio saiu como companheiro de chapa de Tinoco, como vice-prefeito. Foram derrotados pelo trator e fenĂŽmeno polĂ­tico Dr. Bartolomeu Quidute. InocĂȘncio ainda se elegeu vereador e presidente da CĂąmara Municipal, porĂ©m o bonde passou. JoĂŁo era uma pessoa de bem e deixou muitas saudades. 
IVO JÚNIOR - Ivo Amaral JĂșnior foi tambĂ©m convidado para entrar na disputa pela prefeitura de Garanhuns. Esse projeto inclusive chegou a contar com o apoio do entĂŁo Governador Eduardo Campos, e reunia todo apoio a nĂ­vel municipal do PSB da cidade. Ivo Amaral JĂșnior ainda pediu um tempo para analisar a sua postulação e deixou as lideranças em espera, porĂ©m ele iluminou e deu Ăąnimo aos correligionĂĄrios, porĂ©m para a tristeza dos mesmos, jĂĄ na prorrogação e o tempo indo para os pĂȘnaltis, Ivo Amaral JĂșnior comunicou que preferia cuidar de sua vida privada e profissional como sĂłcio do escritĂłrio jurĂ­dico Urbano Vitalino, um dos maiores do paĂ­s. Ivo JĂșnior tambĂ©m tem atuação destacada na Ordem dos Advogados do Brasil. Definitivamente decidiu nĂŁo seguir a carreira do seu pai que governou a cidade por dois mandatos e tambĂ©m elegeu-se deputado estadual por duas vezes. 
TOINHO ALVES DE LIMA- Toinho Alves Lima, entĂŁo empresĂĄrio do setor automobilĂ­stico, teve o seu nome colocado tambĂ©m por vĂĄrios polĂ­ticos locais para uma jornada rumo a cadeira central do PalĂĄcio Celso GalvĂŁo. NĂŁo foram poucos os que sonharam em colocar o empresĂĄrio na polĂ­tica. Boa gente e afĂĄvel com todo mundo, possuidor de carisma e pessoa de trato fĂĄcil, tivesse Toinho Alves de Lima, tomando a iniciativa, com certeza teria recebido total apoio do meio empresarial e industrial o que o levaria facilmente a uma campanha bairro a bairro a bairro cercado de polĂ­ticos que facilitariam o expandir do seu nome perante o eleitorado. Entretanto, da maneira como os demais citados acima, Toinho nĂŁo entrou na polĂ­tica e vou tambĂ©m o bonde passar. 
DESTINO - Diversos empresĂĄrios e pessoas do comĂ©rcio tiveram os seus nomes colocados no tabuleiro para a partida de xadrez polĂ­tico, mas declinaram na iniciativa. Uns por motivos pessoais e familiares, outros porque nĂŁo queriam deixar os seus negĂłcios nem nas mĂŁos de familiares e muito menos de terceiros, como foi o caso do mega empresĂĄrio Guilherme Ferreira Costa, que na iniciativa privada expandiu o grupo que leva o seu sobrenome para grandes centros do paĂ­s. Mas de um jeito ou de outro a polĂ­tica nos ensina que como estĂĄ muito evidenciado: polĂ­tica Ă© destino, nĂŁo adianta forçar. É isso aĂ­.

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