No último dia 17, o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa proferiu um discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em resposta ao pedido de indiciamento apresentado no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas. O parlamentar considerou a justificativa para o indiciamento "absurda", ressaltando que o motivo alegado, de "influenciar moralmente os atos do dia 8 de janeiro", não possui precedentes na legislação penal brasileira.
Feitosa destacou a singularidade do indiciamento proposto, enfatizando que nunca houve um caso semelhante na história jurídica do país. Em tom irônico, o deputado questionou a fundamentação utilizada, sublinhando que influenciar moralmente não é um crime tipificado no código penal. Além disso, ele apontou que o relatório da CPMI deixou de ouvir pessoas relevantes para o caso, incluindo ministros e autoridades da atual gestão, o que levanta questionamentos sobre a imparcialidade do processo.
O deputado também expressou preocupação quanto à seleção dos depoimentos e evidências apresentadas no relatório, sugerindo que o documento pode não refletir adequadamente a complexidade dos eventos ocorridos em janeiro de 2023. Feitosa argumentou que o indiciamento de Bolsonaro com base em um critério tão subjetivo pode abrir um precedente perigoso para futuras investigações.
O posicionamento do deputado Coronel Alberto Feitosa traz à tona importantes questões sobre o processo da CPMI dos Atos Golpistas e o pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua crítica à justificativa apresentada no relatório e a ausência de depoimentos de figuras-chave levantam questionamentos válidos sobre a imparcialidade e a abrangência da investigação.
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