sábado, 18 de novembro de 2023

Na Lupa Sábado 18/11/23, Blog do Edney

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Por Edney Souto

O INTRIGANTE CASO DA QUEDA DO AVIÃO DE EDUARDO CAMPOS FAZ UMA DÉCADA E INQUÉRITO É REABERTO
No tempo quase exato de uma década, um mistério persiste: a queda fatal do avião que tirou a vida do ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência, Eduardo Campos, em Santos, São Paulo. O clamor por respostas ecoa através da determinação incansável de seu irmão, Antônio Campos, em reabrir o inquérito.
VIDA INTERROMPIDA - Eduardo Campos, uma figura política ascendente, viu sua trajetória interrompida tragicamente em agosto de 2014. O acidente, que ocorreu em meio à sua campanha presidencial, deixou questões em aberto sobre a causa da queda do avião modelo 560XL da Cessna Aircraft. Após uma investigação inconclusiva, o caso foi arquivado em 2019, sem definição sobre os responsáveis ou a causa exata do acidente.
REVIRAVOLTA -Uma reviravolta na investigação do trágico acidente que vitimou o ex-presidenciável Eduardo Campos em agosto de 2014 surgiu com novos elementos apontando para a possibilidade de sabotagem na aeronave. Recentemente, um requerimento protocolado na Polícia Federal de Santos por Antônio Ricardo Campos, irmão do político falecido, levantou a hipótese de que o avião foi preparado para cair.
NOVO RELATÓRIO - Este novo enfoque na investigação se baseia em estudos e pareceres de peritos independentes que indicam que o Speed Sensor da aeronave teria sido intencionalmente desligado, sugerindo uma possível preparação para a queda do avião. Esta teoria contrasta com o laudo inicial do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que atribuiu o acidente a uma sequência de erros operacionais dos pilotos.
ANTONIO CAMPOS - Quase uma década depois, Antônio Campos emerge como uma voz persistente em busca da verdade. Baseando-se em um extenso parecer técnico, ele apresentou "fatos novos" à Justiça, alegando indícios de um possível "acidente provocado", insinuando a possibilidade de assassinato. Sua incansável busca por justiça resultou na solicitação de reabertura do inquérito.
EMBATE - Apesar da tenacidade de Antônio Campos, o Ministério Público Federal em Santos optou por não reabrir o caso. Esta decisão desencadeou um embate jurídico, no qual o advogado contestou veementemente, reiterando a importância dos "fatos novos" e argumentando pela necessidade de aprofundar as investigações.

ESCLARECIMENTOS - Paralelamente ao processo judicial, Antônio Campos busca uma audiência com o Ministério da Justiça, visando ampliar os esforços para esclarecer os eventos que culminaram na queda do avião de seu irmão. Sua determinação em obter respostas ecoa não apenas em seu clamor por justiça, mas também na esperança de lançar luz sobre um evento que marcou a política brasileira.
CONTESTAÇÕES - A família de Eduardo Campos contesta veementemente o laudo oficial, apontando falhas e inconsistências na investigação. Ana Lucia Arraes de Alencar, mãe de Eduardo, juntamente com Antônio Campos, argumentam que o relatório do Cenipa culpando falhas humanas é inconsistente, apontando equívocos e discordâncias com o Relatório de Investigação do Controle do Espaço Aéreo (Ricea).
CONCLUSÕES OFICIAIS - De acordo com as conclusões oficiais, a queda da aeronave teria sido ocasionada por uma sequência de erros dos pilotos, incluindo a tentativa de buscar um "atalho" para abreviar a aterrissagem, desobedecendo os procedimentos estabelecidos. O Cenipa enfatizou que não foram encontradas falhas técnicas na aeronave, mas sim problemas operacionais que podem ter contribuído para o acidente.
POSSÍVEL SABOTAGEM - Esta nova alegação de sabotagem apresentada pela família de Eduardo Campos promete reacender a investigação, exigindo uma rigorosa apuração das autoridades para esclarecer os fatos e determinar a verdadeira causa da queda do avião que resultou na perda do ex-candidato à Presidência e outras seis vidas.
VERSÃO OFICIAL 
Capítulo I: O Voo Fatal
Era 13 de agosto de 2014, um dia sombrio para a política brasileira. O Cessna Citation 560XLS+ com o ex-governador Eduardo Campos a bordo decolou com esperança, mas terminou em tragédia. Às 10h03, Santos (SP) presenciou a queda do avião sobre um bairro residencial, levando consigo seis vidas, incluindo a do candidato presidencial.

Capítulo II: O Relatório da Aeronáutica
Após anos de investigação minuciosa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) revelou o veredicto: a falta de conhecimento da aeronave e erros de julgamento sob estresse levaram à desorientação dos pilotos durante a tentativa de pouso em condições meteorológicas adversas.

Capítulo III: Desvendando os Erros Fatais
Os pilotos, desconsiderando recomendações cruciais, adotaram uma rota direta para aterrissar, sem o devido contato visual com a pista. O avião voou com uma velocidade 20% acima do recomendado, e quando a arremetida foi decidida, já ultrapassava o ponto designado.

Capítulo IV: Perfil dos Envolvidos
A investigação desvendou falhas cruciais: o piloto carecia de cursos de adaptação àquela aeronave, enquanto o copiloto não possuía habilitação para voar nesse modelo específico. Testes psicológicos revelaram passividade e deficiências no suporte do copiloto ao comandante, criando uma atmosfera de sobrecarga durante o voo.

Capítulo V: O Último Instante
A falta de recebimento dos boletins meteorológicos cruciais antes do acidente e a caixa preta desligada desde janeiro de 2013 contribuíram para o desfecho trágico. Análises das vozes dos pilotos registraram cansaço e sonolência, enquanto a alta carga de trabalho desafiava a capacidade de tomar decisões.

Capítulo VI: Consequências e Lacunas
Marina Silva assumiu a candidatura após a morte de Campos, terminando a eleição em terceiro lugar. Porém, a ausência de familiares de algumas vítimas na apresentação dos resultados da investigação deixou lacunas ainda não preenchidas.
LIÇÕES - O relatório da Aeronáutica não apenas esclareceu as causas do acidente, mas também levanta questões cruciais sobre a preparação dos pilotos, a importância dos procedimentos de segurança e a necessidade de medidas preventivas para evitar tragédias semelhantes no futuro.
DE VOLTA AS INVESTIGAÇÕES - O juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho decidiu encaminhar à Procuradoria-Geral da República (PGR) o pedido do advogado Antônio Campos, irmão do falecido ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para reabrir o inquérito sobre a trágica morte do político em um acidente aéreo ocorrido em 13 de agosto de 2014, na cidade de Santos, litoral de São Paulo.
REABERTURA - Em sua DECISÃO, o juiz destacou a singularidade do caso e apontou a intenção de garantir a revisão da investigação, referindo-se ao pedido de Antônio Campos para reconsiderar a negativa do Ministério Público Federal (MPF) em reabrir o caso. O inquérito original foi arquivado em 2019, sem conclusão sobre a causa exata da queda da aeronave ou a identificação de possíveis responsáveis por eventuais falhas ou crimes, levantando quatro hipóteses para o acidente.
RELATORIO DE ANTÔNIO CAMPOS - Antônio Campos, baseando-se em um extenso parecer técnico de 246 páginas, busca reabrir o caso, alegando indícios de um "acidente provocado" que poderia configurar um assassinato. Ele afirma ter apresentado "fatos novos" à Justiça, o que motivou seu pedido de reabertura do inquérito quase uma década após a morte do político.
REVISÃO - O Ministério Público Federal em Santos se posicionou contra a reabertura do caso, porém Antônio Campos contestou essa decisão, reiterando seus argumentos perante a 5ª Vara Federal de Santos. O despacho do juiz Roberto Lemos, publicado recentemente, encaminhou o pedido à PGR, visando garantir a revisão da investigação.
PERSISTÊNCIA - Além de buscar a reabertura do caso, Antônio Campos está persistindo na busca pela elucidação dos acontecimentos e tenta agendar uma audiência com o Ministério da Justiça para discutir o assunto. É isso ai!



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