terça-feira, 23 de julho de 2024

CLIMA DENTRO DA FEDERAÇÃO ENTRE PCDOB E PT ESTÁ QUENTE

A Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PV e PCdoB, enfrenta uma crise interna que ameaça sua continuidade. A federação, criada inicialmente para garantir a sobrevivência eleitoral do PCdoB após a extinção das coligações proporcionais, está em vias de desmoronar devido a divergências entre seus membros. No centro dessa disputa está a escolha do candidato a vice-prefeito de João Campos, no Recife, que gerou atritos significativos entre o PT e o PCdoB.

No Recife, a situação se complicou quando o PCdoB aceitou a filiação de Victor Marques, mesmo sabendo que o PT tinha interesse em indicar um nome para a vice-prefeitura. Esse movimento do PCdoB causou insatisfação entre os petistas, refletindo uma tensão que já vinha se manifestando em outros estados. As discordâncias se intensificaram a tal ponto que, nos corredores do Congresso, comenta-se que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e a ministra Luciana Santos, do PCdoB, tiveram uma discussão acalorada sobre o assunto na semana passada.

A crise ficou mais evidente com o almoço organizado pelo presidente Lula, do qual participaram Gleisi Hoffmann, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, o prefeito João Campos e o ministro Alexandre Padilha. Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB, não foi convidada para o encontro, embora sua presença tenha sido inicialmente anunciada na imprensa, provavelmente vazada por alguém próximo a ela. Esse episódio sublinhou o isolamento da ministra e a crescente desconfiança entre os partidos da federação.

No Hotel Luzeiro, em uma reunião da Frente Popular, a ausência de Luciana Santos foi notável. Na mesa de discussões estavam apenas Gleisi Hoffmann, Carlos Siqueira, João Campos e Victor Marques, o que confirmou a exclusão do PCdoB das decisões mais estratégicas e aumentou os rumores sobre a possível dissolução da federação.

A situação evidencia um racha profundo, com disputas de poder e falta de consenso entre os partidos que deveriam atuar em conjunto. Essa fragmentação interna coloca em risco a unidade da Federação Brasil da Esperança, que foi crucial para o PCdoB nas últimas eleições. As divergências persistentes entre PT e PCdoB podem levar ao fim da federação, comprometendo a estratégia política que visava fortalecer a esquerda no cenário nacional.

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