quinta-feira, 8 de agosto de 2024

BRASIL TEM MAIOR MOVIMENTAÇÃO DE PORTOS, DESDE 2010

No primeiro semestre de 2024, o setor portuário brasileiro demonstrou um vigor notável, refletido em um crescimento de 4,28% na movimentação de cargas em comparação com o mesmo período de 2023. Com a responsabilidade de 95% do comércio internacional do país, os portos seguem sendo uma peça-chave na logística global e na economia nacional, como destacou o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Durante uma cerimônia realizada em 7 de agosto, que teve a apresentação dos dados estatísticos pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Costa Filho enfatizou a necessidade de investimentos contínuos na infraestrutura portuária para manter e expandir a competitividade do Brasil no cenário global.

A movimentação total nos portos brasileiros alcançou 644,76 milhões de toneladas de cargas nos primeiros seis meses deste ano. Esse número representa um aumento significativo em relação ao período correspondente de 2023. Os granéis sólidos, que compõem cerca de 60% do volume total movimentado, mostraram um crescimento robusto de 3,65%, atingindo 383 milhões de toneladas, o melhor desempenho semestral desde 2010. Este aumento é atribuído principalmente ao desempenho favorável no transporte de minério de ferro e grãos, além do impacto positivo das operações em portos localizados nas regiões Sudeste e Sul do Brasil.

No setor de cargas conteinerizadas, houve um aumento expressivo de 22,72%, com a movimentação alcançando um recorde de 73,3 milhões de toneladas. Este crescimento notável ressalta a importância dos portos para a cadeia de suprimentos global e destaca a eficiência das operações portuárias brasileiras. Em contraste, as cargas gerais tiveram um leve declínio de 2,02%, somando 29,87 milhões de toneladas.

Os granéis líquidos e gasosos mostraram um crescimento marginal de 0,02%, totalizando 158,58 milhões de toneladas, evidenciando a estabilidade do setor apesar das variações nos mercados internacionais. A diferença entre os diversos tipos de carga reflete as complexidades e as dinâmicas do mercado global, onde diferentes produtos enfrentam diferentes demandas e condições econômicas.

Regionalmente, o Sudeste destacou-se com um aumento de 6,1% na movimentação de cargas, totalizando 322,5 milhões de toneladas. Este crescimento foi impulsionado principalmente pelas altas nas movimentações de petróleo e derivados, excluindo o óleo bruto, e minério de ferro. A região Sul também apresentou um desempenho positivo com um crescimento de 4,6%, movimentando 90,8 milhões de toneladas, impulsionado pelo aumento no transporte de açúcar e soja. O Nordeste, responsável por 23,1% da movimentação nacional, registrou um aumento de 4,1%, enquanto o Norte teve um leve crescimento de 0,6%, destacando-se no transporte de milho e bauxita.

O papel dos Terminais de Uso Privado (TUPs) na movimentação de cargas continua a ser significativo, representando 64% do total com 413,2 milhões de toneladas, o que indica um crescimento de 2,12% em relação ao ano anterior. O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) destacou-se com um crescimento de 6,47%, movimentando 74,7 milhões de toneladas. Por outro lado, os portos públicos também mostraram um desempenho impressionante, com o porto de Santos mantendo a posição de maior volume de movimentação na América Latina, alcançando 68,6 milhões de toneladas e um aumento de 8,42% em relação ao mesmo período do ano passado.

A movimentação total nos portos públicos chegou a 231,6 milhões de toneladas, marcando um crescimento de 8,37% em relação ao semestre anterior. Este resultado reflete a crescente importância e eficiência dos portos públicos no cenário logístico do Brasil, sublinhando o impacto positivo dos investimentos e melhorias na infraestrutura portuária para o crescimento contínuo do setor.

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