quarta-feira, 14 de agosto de 2024

OPERAÇÃO EM PERNAMBUCO E MAIS DOIS ESTADOS NORDESTINOS PRENDE 7, POR ROUBO A BANCOS, ESTELIONATO E TRÁFICO E VENDA DE ARMAS

A Operação Vigário, deflagrada pela Polícia Civil na terça-feira, 13 de agosto, mobilizou forças policiais em três estados do Nordeste brasileiro, culminando na prisão de sete integrantes de uma quadrilha especializada em roubos a banco, estelionato e comércio ilegal de armas de fogo. As detenções ocorreram em Pernambuco, Paraíba e Ceará, abrangendo uma rede criminosa cujas ações se estendiam para além das fronteiras estaduais.

Comandada pelo delegado Diego Jardim, a operação cumpriu seis mandados de prisão contra homens e um contra uma mulher, cujas identidades permanecem resguardadas. Além das prisões, a ação resultou na apreensão de um arsenal significativo: seis armas de fogo, 131 munições e diversos dispositivos eletrônicos que eram utilizados pelos criminosos para coordenar suas atividades ilícitas. No total, oito mandados de busca e apreensão domiciliar foram executados, além do bloqueio judicial de ativos, todos expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulista, em Pernambuco.

Entre os alvos da operação, um guarda municipal, que fazia parte da estrutura de fornecimento de armas para a quadrilha, destacou-se. Ele era responsável por facilitar o acesso dos criminosos a armamentos, que posteriormente eram vendidos para financiar as demais operações do grupo. A operação se revelou uma resposta decisiva às investigações iniciadas em fevereiro de 2023, cujo foco inicial foi um assaltante de bancos conhecido por sua atuação em diversos crimes ao longo dos anos. Este indivíduo é apontado como responsável por uma série de roubos em instituições financeiras na Paraíba e Pernambuco, incluindo assaltos a bancos, agências dos Correios e cooperativas de crédito.

O histórico do criminoso inclui ações ousadas, como o roubo a dois bancos na Paraíba e à cooperativa de crédito Unicred em Campina Grande. Ele também é suspeito de ter realizado assaltos a instituições bancárias no interior dos estados, culminando com um ataque recente a uma instituição financeira no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife.

As investigações revelaram ainda o modus operandi do grupo, que não se limitava ao roubo de bancos. Além de vender armas e munições, a quadrilha também comercializava carros clonados e motores de veículos roubados, ampliando a rede de crimes cometidos. O estelionato, no entanto, foi uma das atividades mais lucrativas do grupo, que se especializou em enganar vítimas idosas. Usando táticas de intimidação e disfarces cuidadosamente planejados, os criminosos se passavam por auditores da Receita Federal, abordando as vítimas com uma aparência impecável para ganhar sua confiança.

As vítimas, geralmente idosas e vulneráveis, eram convencidas a entrar nos veículos dos criminosos, onde eram pressionadas a realizar transferências bancárias e a sacar grandes quantias de dinheiro, inclusive em moeda estrangeira, como euros. Esse esquema resultou em um prejuízo considerável para as vítimas, que frequentemente se viam desamparadas diante das ameaças e coerções exercidas pelos criminosos. Duas das vítimas identificadas até agora, ambas idosas, prestaram depoimento à Polícia Civil e reconheceram os membros da quadrilha como os autores dos crimes. Juntas, essas vítimas sofreram um prejuízo de mais de R$ 244 mil.

A operação Vigário, com suas prisões e apreensões, representou um golpe significativo contra o crime organizado no Nordeste, desmantelando uma quadrilha que havia aterrorizado instituições financeiras e cidadãos vulneráveis por anos. As investigações continuam, na esperança de que outros membros da rede sejam identificados e responsabilizados por seus crimes.

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