sábado, 21 de setembro de 2024

CONSELHEIRO EDUARDO PORTO NEGA MEDIDA CAUTELAR CONTRA AS CRECHES DO RECIFE

O conselheiro Eduardo Porto, do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), rejeitou ontem uma solicitação de medida cautelar que visava suspender os repasses da Prefeitura do Recife para Organizações da Sociedade Civil (OSC) sem fins lucrativos, responsáveis pela administração de creches na capital. A decisão representa uma vitória importante para o funcionamento das creches conveniadas com o município, garantindo a continuidade dos serviços prestados por essas instituições e preservando o atendimento a milhares de crianças e suas famílias.

A solicitação de medida cautelar foi apresentada com o intuito de interromper temporariamente o fluxo de recursos da prefeitura para essas OSCs, alegando possíveis irregularidades nos convênios firmados. No entanto, após análise, o conselheiro Eduardo Porto entendeu que a suspensão imediata dos repasses poderia causar um impacto negativo significativo, não apenas na administração das creches, mas principalmente na vida dos estudantes e de seus familiares, que dependem diretamente do atendimento oferecido pelas unidades.

Com a decisão, todas as creches da rede conveniada no Recife continuarão a funcionar plenamente, garantindo que os alunos matriculados nesses espaços não sofram qualquer interrupção em suas atividades educacionais. A rede conveniada desempenha um papel essencial no sistema educacional da cidade, suprindo parte da demanda por vagas na educação infantil e oferecendo suporte crucial para as famílias que necessitam do serviço, especialmente em regiões mais vulneráveis da cidade.

As Organizações da Sociedade Civil, que operam as creches, são fundamentais para a manutenção de uma oferta educativa ampliada, uma vez que, além de prestarem atendimento especializado, integram uma estrutura de apoio social que vai além do simples serviço educacional. Elas contribuem para o desenvolvimento integral das crianças, proporcionando um ambiente seguro, com alimentação e cuidados essenciais para o crescimento saudável dos pequenos, enquanto seus pais e responsáveis podem trabalhar ou buscar oportunidades de capacitação. Portanto, a suspensão dos repasses poderia gerar um efeito cascata, comprometendo não apenas a educação das crianças, mas a estrutura familiar de muitos lares recifenses.

Eduardo Porto considerou que a interrupção abrupta dos serviços causaria um desequilíbrio imediato nas políticas públicas voltadas à primeira infância, justamente em um momento em que o município busca expandir o número de vagas nas creches. O conselheiro frisou que, para garantir a lisura e transparência dos processos, a análise das possíveis irregularidades nos convênios continuará sendo feita, mas sem que isso signifique a paralisação do serviço. Ele destacou ainda a necessidade de o município seguir rigorosamente os princípios da administração pública, como eficiência e continuidade do serviço, além de garantir o uso adequado dos recursos públicos.

A manutenção dos repasses também garante o emprego de centenas de profissionais que atuam nessas creches, entre educadores, auxiliares, cozinheiros e outros colaboradores que, diariamente, dedicam-se ao cuidado e à formação das crianças. Com o julgamento favorável à continuidade dos repasses, a segurança no funcionamento das unidades foi assegurada, aliviando a pressão tanto sobre as OSCs quanto sobre os trabalhadores e as famílias atendidas.

A rede de creches conveniadas, em parceria com a Prefeitura do Recife, tem sido uma alternativa estratégica para atender à crescente demanda por vagas na educação infantil, uma vez que o número de crianças em idade pré-escolar que necessitam de creche é superior à capacidade das unidades públicas diretas. Assim, essas instituições conveniadas desempenham um papel essencial no fortalecimento da rede municipal de educação, ao mesmo tempo que proporcionam às crianças um espaço de aprendizagem e desenvolvimento.

Com a decisão do Tribunal de Contas, a Prefeitura do Recife poderá continuar com seus esforços para melhorar e expandir a educação infantil na cidade. Isso reforça a importância de parcerias entre o poder público e a sociedade civil, especialmente em áreas tão sensíveis como a educação e a primeira infância. As famílias que dependem desse serviço podem seguir confiantes de que, ao menos por ora, não haverá interrupção no atendimento de suas crianças.

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