A campanha eleitoral em João Alfredo, cidade localizada no agreste pernambucano, tem se mostrado conturbada, especialmente para a chapa proporcional de vereadores da oposição. Recentemente, a Justiça Eleitoral tem imposto sucessivas baixas ao grupo, com três candidatos tendo seus registros de candidatura impugnados, um cenário que vem moldando a configuração política da cidade à medida que a eleição se aproxima.
O primeiro a enfrentar a negativa da Justiça foi José Joacir, conhecido como Oim, esposo da candidata a prefeita pelo PODEMOS, Vânia de Oim. A impugnação do seu registro se deu com base na Lei da Ficha Limpa, após uma condenação em segunda instância por receptação qualificada. Este fato abalou significativamente a campanha da oposição, visto que Oim era uma figura de peso dentro do grupo, e sua ausência representa uma perda considerável.
Seguindo a onda de revezes, Solange Chaves, vereadora no exercício do mandato de 2021 a 2024, teve sua candidatura barrada por conta de uma união estável com o atual prefeito do município. A alegação da Justiça Eleitoral baseia-se na configuração dessa relação como um impeditivo para a candidatura, criando um imbróglio jurídico que reforça a sensação de fragilidade na composição oposicionista.
Mais recentemente, Valmir Felipe, conhecido popularmente como Irmão Valmir de Brejinhos, também teve seu registro de candidatura negado. A razão apontada pela Justiça Eleitoral foi o não preenchimento dos requisitos estabelecidos pelo artigo 27 da Resolução TSE nº 23.609/2019, que trata das condições de elegibilidade e registro de candidaturas. A ausência de Valmir na corrida eleitoral agrava ainda mais a situação da oposição, que agora se vê com menos opções para disputar as cadeiras na Câmara Municipal.
Esses eventos vêm sendo acompanhados de perto pela população e refletem um clima de incerteza e desapontamento entre os apoiadores do grupo oposicionista. As recentes pesquisas de intenção de voto divulgadas no município sugerem um cenário favorável à situação. Com uma alta aprovação popular e uma vantagem significativa nas pesquisas, Zé Martins, atual prefeito e candidato à reeleição, parece caminhar com passos largos para uma vitória em outubro.
Esse contexto não apenas fortalece a candidatura de Zé Martins, mas também projeta a possibilidade de que ele possa alcançar uma das maiores votações proporcionais do estado de Pernambuco. A combinação de uma base sólida de apoio e a fragilidade visível da oposição cria uma atmosfera de definição antecipada para o pleito, deixando pouco espaço para reviravoltas.
A oposição, apesar de tentar reagrupar suas forças e se reorganizar, enfrenta um desafio monumental. O impacto das impugnações, somado ao favoritismo crescente de Zé Martins, impõe uma barreira quase intransponível para aqueles que desejam uma mudança no comando da cidade. Em meio a esse cenário, os eleitores observam atentamente, enquanto João Alfredo caminha para uma eleição que, ao que tudo indica, confirmará a continuidade da atual gestão.
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