No dia de hoje, o Recife testemunhou a inauguração de um marco importante para o desenvolvimento regional do Nordeste: a Casa Brasil IBGE Sudene, um espaço que integra dados, pesquisas e informações fundamentais para a gestão pública e o planejamento estratégico da região. Localizado na sede da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o projeto é fruto de uma parceria entre a Sudene e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Casa Brasil IBGE Sudene nasce com a missão de reunir, de forma acessível e integrada, um acervo de dados sociais e econômicos que poderão ser utilizados por gestores, pesquisadores, empreendedores e a população em geral para uma compreensão mais precisa da realidade nordestina.
A inauguração contou com a presença de autoridades locais e nacionais, como o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, e o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, que destacaram o impacto dessa iniciativa para a elaboração de políticas públicas mais eficazes e para a análise de cenários regionais com base em dados concretos. O novo espaço permitirá, entre outras coisas, o acesso a uma imensa base de dados, que inclui um trilhão de variáveis e 1,5 bilhão de dados disponíveis nas plataformas do IBGE, além de ferramentas como totens interativos e computadores para pesquisa. A integração desses dados facilitará a análise e a construção de estratégias para o desenvolvimento da região, com especial atenção ao semiárido e à Caatinga, biomas fundamentais para o Nordeste.
Danilo Cabral ressaltou que a Casa Brasil IBGE Sudene é mais do que um centro de informações; ela representa um passo importante para a construção de um futuro a longo prazo para o Brasil. Com o respaldo de dados atualizados e de fácil acesso, a Casa Brasil se propõe a ser um ponto de convergência para a construção de políticas públicas que atendam às necessidades específicas da região, não apenas no curto prazo, mas com uma visão de desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.
O IBGE, através da sua vasta experiência em pesquisas, será essencial para fornecer aos gestores públicos ferramentas de planejamento e monitoramento, com destaque para o acompanhamento do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e do Plano Plurianual (PPA) Regional. O espaço também servirá como um ponto de capacitação, com a oferta de cursos, oficinas e programas de pós-graduação voltados para a formação de servidores públicos e gestores municipais. Um dos projetos que se destaca é o curso de capacitação para gestores municipais, programado para março de 2025, que abordará temas como mudanças climáticas e desenvolvimento regional, com foco nas dificuldades enfrentadas pelos gestores recém-eleitos.
O prefeito do Recife, João Campos, esteve presente no evento e enfatizou a importância da parceria entre a Sudene e o IBGE, destacando a necessidade de reunir diversas instituições para um trabalho colaborativo que atenda às necessidades da população. Ele também reforçou que, para tomar decisões acertadas, é essencial ter acesso a dados confiáveis e atualizados. Nadegi Queiroz, prefeita de Camaragibe e representante da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), também ressaltou a relevância de um “banco de dados riquíssimo” para subsidiar as decisões municipais. Já Márcia Aguiar, presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), declarou que a criação da Casa Brasil IBGE Sudene é uma “iniciativa exemplar” que fortalecerá as instituições e promoverá o desenvolvimento do país.
A cerimônia de inauguração foi marcada por uma programação especial, com palestras sobre análise de dados e práticas exitosas de gestão pública, além da presença de diversas personalidades e representantes de instituições do governo e do setor privado. Entre os presentes estavam Dorotea Blos, coordenadora-geral de Articulação e Integração do Planejamento Territorial do Ministério do Planejamento e Orçamento, e Marcelo Carneiro, diretor do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), além de políticos como os deputados Pedro Campos e Sileno Guedes.
A Casa Brasil IBGE Sudene, portanto, simboliza uma nova fase no uso de dados para o desenvolvimento regional, colocando o Nordeste em um patamar mais elevado de planejamento e gestão pública. A iniciativa representa um passo fundamental para a criação de políticas públicas que atendam às especificidades do semiárido e do bioma da Caatinga, além de contribuir para o desenvolvimento de soluções eficazes para os desafios da região.
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