Nos bastidores da política pernambucana, um questionamento persiste: será João Campos, prefeito do Recife, candidato ao governo de Pernambuco em 2026? Para alguns, essa possibilidade está fora de questão. O deputado federal Mendonça Filho, do União Brasil, expressou essa opinião de maneira firme em uma entrevista recente, concedida ao programa ‘Cidade em Foco’ e ao Blog do Alberes Xavier. Mendonça, que apoia a reeleição da governadora Raquel Lyra, afirma não acreditar que João Campos abandonaria o posto de prefeito após a recente vitória eleitoral expressiva no Recife. Segundo ele, alguém com a aprovação popular e os resultados conquistados nas urnas, no último dia 06 de outubro, dificilmente abriria mão do mandato antes do término.
Entretanto, essa visão de Mendonça não é unânime dentro do próprio União Brasil. O partido vive uma divisão interna, com a Família Coelho, liderada por figuras como Miguel, Antônio e Fernando Filho, defendendo uma aproximação com João Campos e até mesmo apoiando uma possível candidatura dele ao governo. Esse embate expõe uma delicada disputa de influências no partido, que levou à formação de uma comissão provisória para a administração da legenda em Pernambuco. Esse movimento, segundo Mendonça, é um passo necessário para reorganizar o União Brasil no estado, cuja estrutura política estava, nas palavras dele, “tumultuada”.
Mendonça vê com bons olhos essa intervenção na direção do partido, fruto de seu trabalho nos bastidores para reordenar as forças internas. Ele reafirma o desejo de pacificar a legenda, o que possibilitaria uma melhor articulação para apoiar o projeto de reeleição de Raquel Lyra. Mas a permanência de Campos na Prefeitura do Recife ainda é uma peça de grande importância, não só para o futuro do PSB no estado, mas também para o próprio União Brasil, que vê na possibilidade de uma candidatura dele uma chance de reconfiguração política no cenário estadual.
Entre especulações e estratégias, o quadro permanece incerto. Mendonça Filho, pragmático, expressa uma confiança discreta de que Campos optará por concluir o mandato de prefeito, embora saiba que o campo de alianças em Pernambuco está em constante ebulição. Os desdobramentos dessa disputa de interesses certamente serão observados de perto, enquanto partidos e lideranças se movem para pavimentar o cenário político de 2026 no estado.
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