A recente movimentação política envolvendo o vereador Marco Aurélio Filho (PV) revela uma articulação estratégica nos bastidores da gestão do prefeito João Campos. Reeleito pela federação PT-PV-PCdoB, Marco Aurélio foi previamente informado sobre sua ascensão ao primeiro escalão do governo municipal, o que indicava um passo relevante em sua trajetória política. No entanto, a expectativa de ser nomeado para a pasta de Cultura e Esportes, que oferece maior visibilidade e estrutura, acabou frustrada. Ele foi direcionado à Secretaria de Direitos Humanos, um espaço de perfil técnico e menor potencial político, mas de extrema relevância social.
Essa decisão, segundo aliados próximos, teria sido tomada em prol de um ajuste político necessário para fortalecer a presença da federação na Câmara Municipal. Com Marco Aurélio assumindo a secretaria, abriu-se espaço para o primeiro suplente da federação, o petista Osmar Ricardo, irmão de Oscar Barreto, que foi reconduzido ao cargo de secretário de Meio Ambiente. A engenharia política parece ter sido pensada para equilibrar interesses e acomodar lideranças estratégicas, mantendo coeso o grupo que apoia João Campos.
Paralelamente, especula-se que a Secretaria de Cultura e Esportes, desejada por Marco Aurélio, esteja sendo reservada para o deputado estadual Eriberto Medeiros Filho. Caso essa movimentação se concretize, criaria uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), que seria ocupada pelo suplente Cayo Albino. Essa articulação, ainda em fase de construção, reforça a habilidade do prefeito em reorganizar o tabuleiro político para atender a múltiplos interesses dentro de sua base de apoio.
O sacrifício de Marco Aurélio, que aceitou a mudança para uma pasta com menor visibilidade política, demonstra o quanto a governabilidade e a manutenção de alianças estratégicas continuam sendo prioridade. As implicações dessa reconfiguração ainda estão por se revelar, mas deixam claro que as decisões em curso têm impactos que vão além do âmbito municipal, influenciando também os espaços de poder no estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário