NA LUPA 🔎
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Por Edney Souto
O JOGO CERTEIRO DE JOÃO CAMPOS PARA AMARRAR O MDB E NEUTRALIZAR O PT PERNAMBUCANO
Por Edney Souto.
A política pernambucana está em um momento decisivo, especialmente com a aproximação da campanha para o governo do estado, no próximo ano, onde o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) surge como o companheiro de chapa do PSB (Partido Socialista Brasileiro) na candidatura de João Campos. A aliança entre essas duas legendas promete não apenas fortalecer a campanha de Campos, mas também se beneficiar de uma estratégia que já foi testada e aprovada no passado, como foi o caso do saudoso governador Eduardo Campos. Vamos dar uma passada NA LUPA aqui desse fato em primeiríssima mão aos nossos leitores.
EDUARDO E O MDB 15 - Eduardo Campos, que governou Pernambuco por um período de 16 anos e deixou um legado significativo, foi responsável por modernizar a política do estado e expandir sua influência. O impacto de sua gestão ainda ressoa em Pernambuco, e a escolha de João Campos, seu herdeiro político, para se tornar o próximo governador, demonstra uma continuidade de sua visão. Com a estratégia de escolher o MDB como aliado nesta jornada, Campos e seus estrategistas estão demonstrando um entendimento aguçado do jogo político, vislumbrando o tempo de televisão que a legenda pode proporcionar em uma campanha tão competitiva.
SEM PT - É interessante notar que essa escolha ocorre em um contexto de descontentamento por parte dos partidos mais tradicionais, como o PT e o PC do B. Lembrando que João Campos já pagou a fatura ao PC do B ao filiar o vice-prefeito Victor Marques na legenda, numa articulação com Renildo Calheiros, deputado federal e cacique da sigla. A união entre o PSB e o MDB não apenas exclui essas legendas da linha de frente, mas também aponta para um novo direcionamento na política local, onde novos players estão surgindo com força. O descontentamento dentro do PT é palpável, evidenciando que eles já perceberam que não terão protagonismo na eleição com João Campos impulsionando essa nova aliança. João também quer renovar o nome dos senadores na Casa Alta, e nessa conta não cabe Humberto Costa.
IZA ARRUDA - Entre os nomes que ganharam destaque neste contexto, Iza Arruda, atual deputada federal e filha de Paulo Roberto, se destaca como uma possível candidata a vice-governadora na chapa de Campos. Essa escolha não só reforça a representatividade feminina na política, mas também se encaixa perfeitamente na estratégia de alavancar bases eleitorais na região, especialmente em Vitória de Santo Antão. O percurso político de Iza, que superou Raul Henry nas últimas eleições, é um claro indicativo de uma nova dinâmica nas relações políticas locais.
RAUL HENRY DANÇOU - Raul Henry, que foi um dos fundadores do MDB em Pernambuco e almejava usar Iza como um suporte eleitoral, viu seus planos frustrados. Paulo Roberto, astuto estrategista político, soube turbiná-la e, assim, consolidou a liderança da família Arruda, que agora se posiciona fortemente no cenário político. Henry, atualmente secretário de governo de João Campos, tem o desafio de se reinventar dentro dessa nova configuração.
TÚLIO ARRUDA FEDERAL- A candidatura de Iza Arruda como vice-governadora pode ser uma jogada inteligente não apenas para agregar valor à chapa, mas também para pacificar os ânimos em Vitória de Santo Antão. A proposta de incluir seu irmão Túlio Arruda, atual secretário municipal na prefeitura com João Campos, na corrida para deputado federal indica uma visão ampla de enraizar a influência da família Arruda na política pernambucana. Essa estratégia também permite a manutenção de boas relações políticas, como a amizade com Elias Lira, que por sua vez tem seu filho Joaquim Lira apoiado por Paulo Roberto na tentativa de reeleição na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Caso Túlio Arruda não saísse a Federal, seria lançado a estadual e assim uma amizade política chegaria ao fim entre Paulo Roberto e Elias Lira, pai de Joaquim Lira.
JOÃO E IZA ARRUDA- Portanto, a candidatura de João Campos, ao lado do MDB e com a possibilidade de Iza Arruda como vice, representa uma virada significativa na política pernambucana. Essa nova aliança pode não apenas garantir uma campanha sólida, mas também sinaliza um futuro onde as alianças são construídas com base em estratégias que buscam maximizar a representatividade e o capital eleitoral.
SEM HUMBERTO COSTA - O grande desafio, no entanto, estará em como Campos e seus aliados lidarão com a oposição, principalmente com um PT que, apesar do desencanto, possui uma base consolidada e um histórico de atuação em Pernambuco. O futuro da política no estado dependerá da capacidade de João Campos de unir diferentes forças e construir uma narrativa que dialogue com as necessidades e expectativas da população, sempre lembrando que o legado de Eduardo Campos é uma sombra a ser respeitada, mas também superada com inovação e eficácia.
MANDACARU - Assim, ao se preparar para a luta eleitoral, a coalizão entre PSB e MDB passa a ser uma força reconhecida como uma grande escola de estratégias políticas que buscam a renovação das vagas do senado por novos nomes e a eficiência de um novo projeto político capitaneado por Campos. Enquanto o cronômetro da campanha avança, o desenrolar desses eventos deve sacudir a política local com grande ansiedade por parte dos políticos que querem “sombra e água fresca” e que aguardam sinais de como essa nova política poderá moldar o futuro de Pernambuco. A verdade é que João Campos também só pretende servir de mandacaru para alguns, não dará sombra nem encosto. É isso aí.
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