NA LUPA 🔎
BLOG DO EDNEY
Por Edney Souto
O FUTURO POLÍTICO DE PERNAMBUCO: O DILEMA DE HUMBERTO, SILVIO COSTA FILHO, MIGUEL COELHO E EDUARDO DA FONTE.
A política pernambucana se configura como um tabuleiro complexo, onde as jogadas são calculadas com a precisão de um enxadrista. Com as eleições se aproximando e João Campos (PSB) como um potencial futuro pré-candidato à governador, o cenário se torna desafiador para figuras como Silvio Costa Filho (Republicanos), Eduardo da Fonte (PP), Humberto Costa (PT) e Miguel Coelho (MDB). A lógica dessa dinâmica é clara: se João Campos se consolidar no governo, o investimento em um sucessor do PSB poderá neutralizar as ambições dos demais nomes citados, relegando-os a um plano secundário por, pelo menos, 16 anos. Essa conversa aqui saiu numa roda de amigos que vivem a política em Garanhuns e Pernambuco e fizeram a presente análise que estamos colocando aqui NA LUPA.
REINADO DE JOÃO CAMPOS- A vitória de João Campos nas eleições estaduais não seria apenas uma validação de seu trabalho à frente do governo; seria a consolidação de um ciclo de poder que, em última análise, tenderia a se perpetuar. Afastando as chances de Humberto Costa, Silvio Costa Filho, Miguel Coelho e Eduardo da Fonte chegarem a cadeira central do Palácio do Campo das Princesas. Analistas políticos consideram que a estratégia do PSB de assegurar a continuidade de sua liderança não passaria apenas por uma reeleição, mas por uma estruturação de um projeto político a longo prazo, que contemplaria mais oito anos de governo e, somados a isso, a escolha de um sucessor igualmente alinhado ao pensamento socialista, tirado do seu colete. Essa lógica perpassa o entendimento de que, na política, o tempo é um fator crítico e, por isso, garantir décadas de controle sobre o poder é um objetivo a ser perseguido com vigor.
FIM DA LINHA - Nesse contexto, as chances de Silvio Costa Filho, Eduardo da Fonte, Humberto Costa ou Miguel Coelho chegarem ao Palácio do Campo das Princesas se tornam cada vez mais distantes. Para eles, 16 anos é um horizonte longo, que acarreta mudanças não apenas no cenário político, mas também nas próprias bases eleitorais. Sendo assim, é razoável supor que muitos desses nomes estejam considerando uma mudança de estratégia que se alinhe mais às realidades do presente do que às incertezas do futuro distante. A atual governadora Raquel Lyra, por exemplo, poderia se tornar uma alternativa viável, especialmente se garantisse um governo de continuidade e de aproximação com os anseios da população, o que, à primeira vista, determina um campo fértil para novas alianças políticas.
RAQUEL LYRA É A OPÇÃO- Migrar para o palanque de Raquel Lyra não seria apenas uma questão pragmática, mas um movimento estratégico para aqueles que buscam se firmar em um ambiente político que já dá sinais claros de onde pode estar a bandeira vencedora. Essa movimentação, em última instância, representa a tentativa de não deixar que o tempo os impeça de sonhar com o Palácio do Campo das Princesas. A lógica política, portanto, é a de que cada um desses nomes deve avaliar cuidadosamente suas próximas jogadas para não se ver em uma posição de isolados na luta pelo poder.
A VOLTA DO PSB DO BEM DO MAL- Caro leitor aqui NA LUPA, a ascensão de João Campos tem o potencial de criar um ciclo vicioso, onde a perpetuação do poder cria cada vez mais dificuldades para os adversários. Com o fortalecimento de uma base social alinhada ao PSB, a perspectiva de um governo que se renova nas ideias e na equipe pode criar uma aura de confiança no eleitorado. Por outro lado, os demais atores, ao se afastarem do foco inicial, podem acabar negligenciando suas próprias bases eleitorais.
NOVAS ALIANÇAS SÃO MAIS SEGURAS- Ou seja, o dilema se intensifica: quem se atreverá a interromper um ciclo potencial de estabilidade que se desenha no horizonte se João Campos vencer? Essa questão se torna ainda mais pertinente se considerarmos o papel das novas gerações de eleitores, que podem estar mais dispostas a confiar em lideranças que representam inovação e mudança. É impossível prever o que o futuro reserva, mas uma coisa é certa: a política é um jogo de alianças e posicionamentos que exigem astúcia e visão de longo prazo.
Em suma, a hipótese de que João Campos se reeleja e consiga emplacar um sucessor do PSB cria um cenário onde Silvio Costa Filho, Eduardo da Fonte, Humberto Costa e Miguel Coelho podem ser relegados a um espaço de espera prolongada, podendo optar por novas alianças políticas que se mostrem mais promissoras.
ANDRÉ DE PAULA JÁ VIU- O campo político pernambucano se transformará não apenas em um palco de sonhos para seus candidatos, mas num verdadeiro campo de batalha onde a estratégia e a jogada certa desde já serão a adaptabilidade serão fundamentais para quem almeja o Palácio do Campo das Princesas nos próximos anos. André de Paula parece ter enxergado essa movimetação no xadrez político com muita antecedência e deu vários passos e pulou várias casas na direção que parece lógica. Com a velha habilidade e a patente de cacique do seu partido, o PSD, que pode até abrigar a governadora Raquel Lyra numa fusão com o PSDB, André deu o pulo do gato.É isso aí.
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