O futuro da conectividade aérea entre Petrolina e Recife está no centro das atenções após a decisão da Azul Linhas Aéreas de reduzir pela metade os voos diários entre as cidades. A medida, prevista para entrar em vigor a partir do dia 10 de março, despertou uma reação imediata do prefeito Simão Durando, que buscou diretamente o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para tentar reverter a decisão. A movimentação política ganha contornos estratégicos diante da importância econômica da rota, que conecta uma das regiões mais dinâmicas do Nordeste com a capital pernambucana.
A justificativa para a preocupação do prefeito é clara. Petrolina, uma das cidades que mais crescem na região, tem uma economia fortemente voltada para exportação, especialmente de frutas, além de um fluxo constante de empresários, investidores e turistas. A diminuição dos voos diários impactaria não apenas o setor produtivo, mas também a logística de negócios e o turismo, setores que vêm impulsionando o desenvolvimento local. Para Simão Durando, a redução na malha aérea contrasta com o momento positivo vivido pelo município, que tem registrado avanços significativos em diversos setores, ampliando suas exportações e atraindo novos investimentos.
Na conversa com o ministro, o prefeito destacou que a decisão da Azul não condiz com a realidade econômica da cidade e reforçou que a permanência dos dois voos diários é essencial para manter o dinamismo econômico e a acessibilidade de Petrolina. O impacto da mudança também se reflete nos horários propostos para a única frequência diária restante, que ficaria restrita a um voo saindo do Recife às 13h20, com chegada a Petrolina às 14h50, e retorno às 15h20, chegando à capital pernambucana às 16h50. A nova configuração pode limitar as possibilidades de deslocamento de empresários, profissionais e até mesmo de moradores que utilizam a rota regularmente.
Diante da preocupação expressa pelo prefeito, Silvio Costa Filho garantiu que irá interceder junto à Azul Linhas Aéreas para tentar evitar a redução dos voos. A confiança de Simão Durando na atuação do ministro reforça o peso político da articulação para manter a conectividade entre as duas cidades, em um momento em que Petrolina se consolida como um polo estratégico de desenvolvimento para Pernambuco e o Brasil.
A decisão da Azul levanta um debate maior sobre a necessidade de reforçar as conexões aéreas do interior com as capitais, em um cenário onde a interiorização do crescimento econômico exige uma malha de transporte eficiente e adaptada à demanda crescente. A resposta da companhia aérea e os desdobramentos dessa mobilização política definirão o futuro da ligação aérea entre Petrolina e Recife, uma rota que, mais do que conectar dois aeroportos, liga oportunidades, negócios e o futuro de uma região em expansão.
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