A governadora Raquel Lyra e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, se encontraram recentemente em um momento que gerou diferentes versões sobre os desdobramentos da conversa. No centro do diálogo, uma possível participação de Miguel no governo estadual, convite que já vinha sendo especulado nos bastidores políticos há algum tempo. A conversa, contudo, não teria sido apenas protocolar, mas carregada de ajustes, posicionamentos e uma certa tensão que refletiu o histórico de relação entre os dois nomes.
A primeira versão que circula nos corredores da política pernambucana é a de que a conversa serviu para um verdadeiro acerto de contas, uma espécie de lavagem de roupa suja que teria levado Miguel a declinar do convite para integrar o secretariado estadual. Essa leitura se fortalece diante do contexto eleitoral de 2022, quando Miguel disputou o governo e Raquel saiu vitoriosa no segundo turno, além de outros episódios de distanciamento político. Para quem sustenta essa narrativa, a falta de alinhamento e as cicatrizes do passado teriam pesado mais do que a possibilidade de uma aliança formal dentro da estrutura do governo.
A segunda versão sugere um desfecho ainda em aberto. Nesse relato, Miguel Coelho não teria dado uma resposta definitiva, mas teria saído do encontro com a promessa de refletir e dar uma posição apenas após uma viagem. O tempo, nesse caso, jogaria a favor da governadora, que busca reforçar a base política e atrair aliados estratégicos para ampliar o alcance de sua gestão. Entre as pastas que teriam sido oferecidas ao ex-prefeito de Petrolina, Desenvolvimento Econômico com Suape e Turismo aparecem como opções que podem ser interpretadas como movimentos para fortalecer o governo na pauta do crescimento e da geração de emprego.
O que se sabe é que a movimentação não acontece por acaso. Miguel Coelho, líder de uma das principais famílias políticas do estado, tem em suas mãos um capital político relevante, especialmente no Sertão, onde consolidou influência ao longo dos anos. Para Raquel Lyra, contar com um nome desse porte em sua equipe representaria um gesto de ampliação política e uma sinalização de que seu governo está aberto a novos aliados. O desfecho da conversa, entretanto, permanece indefinido, alimentando especulações e aumentando a expectativa sobre os próximos passos do ex-prefeito e da governadora.
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