As apurações apontam para um conluio entre empresas controladas por um grupo econômico, que teria manipulado licitações para desviar recursos municipais. Empresas de fachada, laranjas e a possível participação de servidores públicos são algumas das peças desse quebra-cabeça, que teve como foco principal contratos na área de serviços de manutenção e iluminação pública. Os indícios levantados pelo Ministério Público abrangem um período de quatro anos, entre 2018 e 2022.
O trabalho de campo se desenrolou em um ambiente de vigilância minuciosa, com o objetivo de reunir provas que possam fundamentar as próximas etapas da investigação. A operação contou com a presença de oito promotores de Justiça, 17 servidores do MPPE, além do suporte de 20 policiais civis e 12 policiais militares. A movimentação nos locais alvos das diligências despertou a atenção da população, que acompanhou os desdobramentos ao longo do dia.
As ações se concentram na identificação dos responsáveis, na comprovação da materialidade dos ilícitos e na extensão dos danos causados ao erário. O coordenador do Gaeco/MPPE, promotor Roberto Brayner, destacou que os contratos investigados beneficiaram empresas ligadas ao grupo sob suspeita, levantando questões sobre a regularidade dos processos licitatórios. A operação segue em andamento, com o cruzamento de dados obtidos e a análise minuciosa dos materiais apreendidos, dando continuidade ao trabalho de combate à corrupção e ao desvio de recursos públicos.
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