A tradição do Carnaval pernambucano atrai multidões, e os números da festa impressionam. Para garantir a ordem em meio ao mar de gente, as escalas de serviço serão ampliadas, uma estratégia que já foi adotada em anos anteriores devido à limitação do contingente disponível. Atualmente, o Estado conta com aproximadamente 16 mil militares na ativa, um número consideravelmente abaixo do necessário. Estudos indicam que, para atender a demanda com eficiência, o ideal seria contar com pelo menos 27 mil policiais, uma defasagem que impacta diretamente na organização das operações de segurança.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) ainda não divulgou oficialmente a quantidade de policiais que estarão nas ruas no Carnaval de 2025. Entretanto, as estatísticas do ano passado já dão uma ideia da dimensão do reforço esperado. Em 2024, foram 55.447 lançamentos de PMs em plantões extras, um aumento de 11,2% em relação ao Carnaval de 2023. Os dados demonstram um esforço crescente para garantir que a festa ocorra com tranquilidade, mesmo diante das dificuldades enfrentadas pela corporação.
Com blocos e troças se espalhando pelos principais polos de folia, desde o Galo da Madrugada, no Recife, até os festejos em Olinda e no interior, a presença policial se torna indispensável para evitar tumultos e garantir que os foliões aproveitem a festa com segurança. O planejamento estratégico inclui patrulhamento ostensivo, reforço na vigilância de áreas de maior concentração e apoio a outras forças de segurança no controle de incidentes.
A decisão de suspender as férias do efetivo pode parecer uma solução imediata para suprir a carência de efetivo, mas expõe um problema mais profundo que vem sendo enfrentado há anos. O déficit no quadro da Polícia Militar levanta debates sobre a necessidade de novos concursos e políticas de valorização da tropa. Enquanto isso, os policiais se preparam para encarar jornadas intensas durante um dos períodos mais movimentados do ano.
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