quarta-feira, 19 de março de 2025
EX-VEREADOR QUE ATIROU EM JOVEM EM MOTEL É DENUNCIADO POR TENTATIVA DE FEMINICÍDIO EM GARANHUNS
O ex-vereador de Tupanatinga, Luciano de Souza Cavalcanti, conhecido como Luciano Lolô, foi denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) nesta terça-feira (18) pelo crime de tentativa de feminicídio. A denúncia foi apresentada ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e prontamente aceita, fazendo com que o ex-parlamentar responda judicialmente pelo ataque cometido contra uma jovem de 23 anos em um motel localizado às margens da BR-424, em Garanhuns. O crime ocorreu no último dia 6, quando Luciano Lolô disparou contra a vítima após uma discussão no quarto do estabelecimento. Segundo os autos do processo, ele teria iniciado a agressão com socos no rosto da jovem, que tentou escapar das violências dirigindo-se ao portão do local. Foi nesse momento que o denunciado sacou uma arma de fogo e efetuou disparos contra a vítima, que caiu ferida. A tentativa de homicídio só não foi consumada devido à rápida intervenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestou socorro e encaminhou a jovem a uma unidade de saúde. De acordo com a denúncia do MPPE, o crime foi cometido por razões da condição do sexo feminino, caracterizando-se como feminicídio tentado, agravado pelo fato de que a vítima não teve possibilidade de defesa. A arma utilizada era de uso permitido, mas o acusado não conseguiu consumar o homicídio por circunstâncias alheias à sua vontade. A magistrada Pollyana Maria Barbosa Piraua Cotrim, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Garanhuns, foi responsável por acatar a denúncia e determinar que Luciano Lolô permaneça preso enquanto responde pelo crime. O caso tem gerado forte repercussão na região, especialmente pelo fato de o acusado ser uma figura pública e já ter ocupado cargo no legislativo municipal. O Ministério Público reforçou no documento que a motivação do crime se deu por uma discussão entre o ex-vereador e a vítima, resultando na agressão física e posteriormente nos disparos. A decisão da Justiça reforça a gravidade do caso e evidencia o enquadramento do crime dentro da Lei do Feminicídio, que estabelece punições mais severas para crimes cometidos contra mulheres em situações de violência doméstica, familiar ou discriminação de gênero.
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