Deputado federal eleito em 1998 e reeleito em 2002, Dirceu exerceu forte influência política até ser cassado pela Câmara dos Deputados em 2005, após o escândalo do Mensalão. O caso envolvia repasses financeiros irregulares a parlamentares para garantir apoio ao governo Lula no Congresso Nacional. À época, ele era apontado como um dos principais articuladores políticos do governo e acabou perdendo o mandato por quebra de decoro parlamentar. Anos depois, foi condenado e preso no âmbito da Operação Lava Jato, cumprindo pena em regime fechado e semiaberto.
Mesmo afastado dos cargos públicos desde então, Dirceu manteve sua influência nos bastidores da política nacional, sendo consultado por lideranças petistas e articulando estratégias eleitorais. Sua possível candidatura em 2026, caso se confirme, marcaria um retorno direto à política institucional após mais de duas décadas fora do Parlamento. A presença de Dirceu no evento deste fim de semana, cercado por militantes do MST e figuras ligadas à esquerda, reflete o resgate de uma agenda política voltada aos movimentos sociais e à organização da base partidária.
A fala do ex-ministro sobre o convite de Lula para disputar as eleições ocorre em um momento de reestruturação do PT, que busca fortalecer sua bancada no Congresso Nacional para dar sustentação ao governo. Dirceu, que já foi um dos principais estrategistas do partido, tem experiência na organização de campanhas e na articulação política nacional, o que pode ser um fator relevante na disputa eleitoral de 2026. Entre os presentes na celebração, havia líderes de diferentes segmentos da esquerda que avaliam o impacto de uma possível candidatura e o papel que ele pode desempenhar dentro da sigla.
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