O Carnaval do Recife se despediu com números grandiosos, reforçando a marca da gestão de João Campos na festa. Com mais dias de folia, impulsionados pelo feriado da Data Magna, a cidade viveu um dos períodos mais movimentados dos últimos anos. Agora, passada a festa, o prefeito muda o foco e se volta para os desdobramentos políticos que começam a moldar o cenário de 2026. A filiação da governadora Raquel Lyra ao PSD trouxe um novo elemento para o tabuleiro eleitoral, com implicações que começam a ser avaliadas. O movimento da governadora não apenas fortalece a legenda comandada por Gilberto Kassab, mas também altera a dinâmica entre as forças que disputam espaço no estado. João Campos, principal nome do PSB em Pernambuco, já vinha se consolidando como liderança de projeção nacional dentro do partido, e agora, precisa recalcular os passos diante da nova configuração. A aliança entre PSD e PSDB em torno do governo estadual pode se desdobrar em arranjos que interfiram na correlação de forças para o futuro. Enquanto isso, o PSB segue estruturando sua estratégia, buscando manter a presença nos espaços decisivos e ampliando sua base de sustentação. O prefeito do Recife tem o desafio de equilibrar a administração municipal com a articulação política, em um momento em que a movimentação partidária se intensifica. Nos bastidores, lideranças avaliam os reflexos da mudança de partido de Raquel e as possíveis reconfigurações de alianças. O fator nacional também pesa, com o PSD cada vez mais próximo de Lula e o PSB já consolidado na base do governo federal. Pernambuco, historicamente estratégico nas disputas presidenciais, pode se tornar um dos centros das articulações nacionais. João Campos e Raquel Lyra, que já se enfrentaram em 2022, seguem trilhando caminhos que podem voltar a se cruzar em 2026.
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