quarta-feira, 30 de abril de 2025

ADAGRO APRESENTA RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS EM PRODUTOS HORTIFRUTIGRANJEIROS PRODUZIDOS NO ESTADO

Adagro apresenta relatório de monitoramento de resíduos de agrotóxicos em produtos hortifrutigranjeiros produzidos no estado
A Agência de Defesa a Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) apresentou ontem (29/04), no auditório do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco - CEASA, no Recife, o Relatório Anual de Resíduos de Agrotóxicos (ciclo 2022/2023) referente ao Programa de Monitoramento de Qualidade de Produtos Hortifrutigranjeiros, que reúne análise de dados sobre o perfil do uso de agrotóxicos nas hortaliças, frutas e verduras in natura, além do mel de abelha, grãos, frutas e hortaliças congeladas e polpa de frutas comercializados no estado.

O documento entregue oficialmente pela diretora presidente da Adagro, Vania Santana, à procuradora do MPPE e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor (CAO Consumidor), Liliane Rocha, representa os esforços das instituições executoras (Adagro, Apevisa, CEASA e Ministério Público de Estado de Pernambuco – MPPE) que vem realizando desde 2008, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta Conjunto (TACC), um programa de monitoramento para garantir a oferta de produtos de melhor qualidade à população. A iniciativa vem se tornando referência para outros estados do Nordeste.

Para Vania Santana, “garantir a saúde pública é o ponto principal do trabalho realizado pela Adagro, não só no monitoramento dos resíduos de agrotóxicos. Todas as ações de fiscalização nas áreas animal e vegetal têm como objetivo maior a saúde da população”, ressaltou a diretora presidente da Adagro.

De acordo com relatório para o período 2022-2023, num total de 368 amostras coletadas e analisadas pelo Laboratório LabTox/Itep, 76% das amostras foram consideradas satisfatórias, ou seja, sem a detecção de resíduos e/ou com a concentração de resíduo menor ou igual ao permitido - LMR e 24 % delas classificadas como insatisfatórias, ou seja, apresentavam resíduos não permitidos para o manejo da cultura, ou acima do LMR, além de produtos banidos do mercado, como é o caso do metamidofós.

O estudo destaca uma lista de produtos considerados de “Risco Alto” para exposição e contaminação pelo uso de agrotóxicos. São eles: goiaba (60% das amostras foram consideradas insatisfatórias), pimentão (58%), alface (57%) couve-flor (54%), morango (53%), tomate (28%), repolho (25%), uva (19%) e brócolis (17%).

As análises realizadas no ciclo 2022/2023 também comprovaram a primeira detecção pela Adagro de resíduos de agrotóxicos em abelhas no município de Paudalho, pelo uso indevido do metomil (produto sem registro na União Europeia - UE), além de atrazina e atrazina-desetil -, que  são produtos com registro no Ministério da Agricultura e Pecuária, mas não autorizados na UE. Os produtos foram apontados como a causa da contaminação e mortandade dos animais da região.

O relatório traz um alerta sobre os cuidados necessários à produção de alimentos para que possam garantir a qualidade e segurança à população.

Segundo a procuradora Liliane Rocha, do MPPE, a sistematização dos dados de 2022-2023 apresentados pela Adagro são de grande importância para este trabalho que vem sendo desenvolvido há anos pela Apevisa, MPPE, Adagro, CEASA e outros órgãos parceiros, tornando possível uma percepção real da situação dos produtos hortifrutigranjeiros”, assegurou a procuradora.

Foto: Artur Cavalcanti

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