sábado, 12 de abril de 2025
ARMANDO MONTEIRO BISNETO DEVE ASSUMIR SUAPE
O advogado Armando Monteiro Bisneto está prestes a assumir a presidência do Complexo Industrial Portuário de Suape, conforme fontes ligadas ao governo estadual e ao meio político pernambucano. A nomeação, embora ainda não oficializada, é tratada como líquida e certa nos bastidores, com ampla expectativa de que a governadora Raquel Lyra efetive a escolha nos próximos dias. Filho do ex-senador e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, Bisneto é o primogênito de uma das figuras mais influentes da política e do setor produtivo do Estado. Procurado pelo blog, o ex-senador confirmou que o convite partiu diretamente da governadora, deixando claro que não se trata de uma indicação pessoal sua, nem de um movimento articulado pelo Podemos, partido ao qual está atualmente filiado. A declaração busca afastar qualquer leitura de que a escolha teria motivações partidárias ou familiares. Formado em Direito, com passagem pelo setor privado e experiência em temas ligados à infraestrutura, Armando Bisneto terá à frente o desafio de comandar um dos principais ativos logísticos e econômicos do Nordeste. Suape tem papel estratégico não apenas para Pernambuco, mas para o Brasil, sendo responsável por grande parte das exportações da região e por atrair investimentos em áreas como energia, petroquímica, logística e comércio exterior. A movimentação em torno do novo comando da estatal portuária ocorre num momento de reestruturação interna e de busca por maior eficiência operacional. Também está em curso um esforço para consolidar o porto como hub internacional e plataforma de transbordo de cargas, diante da crescente competição com outros complexos do país. A escolha de um nome jovem, mas com vínculo familiar com a política e o empresariado, reforça a aposta do governo em figuras com perfil técnico e trânsito institucional. A entrada de Armando Monteiro Bisneto na presidência de Suape se dá em meio a movimentações estratégicas do Palácio do Campo das Princesas para recompor forças e dialogar com setores produtivos, sem necessariamente se prender à lógica de indicações partidárias. A governadora, que tem adotado um discurso de profissionalização da máquina pública, deve usar a nomeação como vitrine de sua política de valorização de quadros técnicos. Mesmo com a tentativa de blindar a decisão de qualquer conotação política, o sobrenome Monteiro inevitavelmente suscita interpretações no meio político e empresarial. Ainda assim, o gesto de Raquel Lyra em convidar o filho de um adversário histórico da cena eleitoral pernambucana pode sinalizar uma abertura para a construção de novas pontes institucionais.
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