sábado, 19 de abril de 2025

HOMICÍDIO REGISTRADO NA NOITE DA QUINTA EM GARANHUNS

Na noite da quinta-feira, 17 de abril, o bairro Aloísio Pinto, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, foi cenário de um homicídio que interrompeu bruscamente a vida de Luan de Souza da Paixão, de 26 anos. O crime ocorreu em via pública, por volta das 20h, quando a vítima estava em um bar localizado na comunidade. Segundo relatos de testemunhas ouvidas pelas autoridades, Luan foi surpreendido por dois homens que chegaram ao local em uma motocicleta. O garupa desceu rapidamente do veículo, sacou uma arma de fogo e iniciou os disparos em direção à vítima, que foi atingida mesmo antes de tentar escapar.

Ferido, Luan ainda tentou correr pelas ruas do bairro na tentativa de salvar a própria vida, mas foi alcançado por um dos executores. Após cair na calçada, foi alvejado novamente, desta vez com vários tiros na cabeça, o que causou sua morte instantânea. A dupla fugiu logo em seguida, tomando rumo ignorado, sem deixar pistas aparentes. Nenhum dos suspeitos foi identificado até o momento, e as motivações do crime ainda são investigadas pelas autoridades. Moradores da área, assustados com a violência e com o barulho dos tiros, acionaram a Polícia Militar, que chegou poucos minutos depois para isolar a cena do crime.

A equipe do Instituto de Criminalística (IC) realizou a perícia no local, recolhendo cápsulas deflagradas e vestígios que poderão ajudar nas investigações. O corpo foi removido por uma equipe funerária e encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, onde passará por necropsia. De acordo com informações confirmadas pela polícia, Luan de Souza era um velho conhecido das forças de segurança da cidade e acumulava diversas passagens pela justiça, sobretudo por envolvimento com o tráfico de drogas.

A última ocorrência envolvendo seu nome havia sido registrada apenas três dias antes de sua morte, na segunda-feira, 14 de abril, quando ele foi preso por uma equipe do Grupo de Apoio Tático Itinerante (GATI). Na ocasião, ele foi levado à delegacia após ser encontrado com entorpecentes, mas acabou sendo liberado após os procedimentos de praxe, uma vez que não houve flagrante que justificasse a manutenção da prisão. A soltura, no entanto, não impediu que seu nome permanecesse em evidência no mundo do crime.

Com o histórico criminal e a forma como o homicídio foi executado, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de acerto de contas como possível linha de investigação. O caso foi repassado à 22ª Delegacia de Homicídios de Garanhuns, que dará continuidade aos trabalhos investigativos. A expectativa é de que imagens de câmeras de segurança da região possam auxiliar na identificação dos autores do crime. Agentes da delegacia também pretendem ouvir testemunhas nos próximos dias para esclarecer o que teria motivado a execução e identificar os autores do assassinato. A morte de Luan expõe mais uma vez o impacto da criminalidade nas periferias urbanas e os desafios enfrentados pelas forças de segurança no combate ao tráfico e aos homicídios na região.

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