quarta-feira, 23 de abril de 2025
MORRE SEGUNDA VÍTIMA ENVENENADA COM OVO DE PÁSCOA CONTAMINADO, ADOLESCENTE ERA IRMÃ DO MENINO QUE TAMBÉM FALECEU
A cidade de Imperatriz, no Maranhão, amanheceu sob o peso de uma tragédia que se aprofundou ainda mais nesta terça-feira (22), com a confirmação da morte de Evely Fernanda Rocha Silva, de apenas 13 anos. A adolescente estava internada desde o último dia 16, quando deu entrada no Hospital Municipal após consumir um ovo de Páscoa que, segundo as investigações, estava envenenado. A morte de Evely foi confirmada pela equipe médica da unidade de saúde, que informou que ela sofreu um choque vascular, agravado pela falência múltipla de órgãos. Os profissionais afirmaram que todas as medidas terapêuticas cabíveis foram tomadas, com o seguimento rigoroso dos protocolos clínicos, mas o quadro da jovem evoluiu de forma rápida e grave, sem apresentar qualquer resposta significativa aos tratamentos. Antes dela, seu irmão, Luís Fernando, de apenas sete anos, também faleceu após comer o mesmo chocolate. A mãe das crianças, Mirian Lira, que também ingeriu o ovo de Páscoa, permanece hospitalizada, mas segundo relatos de familiares, já consegue se comunicar e apresenta sinais de melhora, embora ainda esteja em recuperação. O caso chocou a população não só pela morte das duas crianças, mas também pela suspeita de envenenamento proposital, apontada pela Polícia Civil do Maranhão. As investigações já levaram à prisão de uma mulher considerada a principal suspeita de cometer o crime. Segundo a corporação, testemunhas e familiares relataram detalhes que indicam envolvimento direto da mulher na entrega do chocolate envenenado à família. A suspeita foi presa enquanto viajava em um ônibus intermunicipal com destino a Santa Inês, cidade onde morava. Durante a abordagem policial, foram apreendidas duas perucas, medicamentos, pedaços de chocolate e bilhetes de passagem. Um dos tickets havia sido emitido no dia 14 de abril, dois dias antes de a família receber a encomenda entregue por um mototaxista. Os objetos apreendidos reforçam a tese de premeditação, indicando que a suspeita teria planejado meticulosamente a ação para dificultar sua identificação e eventual captura. A Polícia Civil trabalha agora com a hipótese de crime doloso, com indícios de vingança pessoal ou motivação emocional ainda não esclarecida. As autoridades continuam ouvindo testemunhas e aguardam os resultados de exames toxicológicos feitos nos restos do chocolate e nos corpos das vítimas. O caso gera comoção e revolta não apenas em Imperatriz, mas em todo o estado, que acompanha com indignação e tristeza o desenrolar da investigação. O Ministério Público e a Defensoria Pública acompanham o caso e devem atuar para garantir que o processo seja conduzido com rigor. Enquanto isso, amigos e familiares das vítimas tentam lidar com o luto e a dor provocados por uma tragédia que interrompeu de forma brutal a vida de duas crianças e deixou marcas profundas em uma mãe que, mesmo sobrevivente, carrega agora o peso irreversível da perda.
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