A pacificação entre forças tão díspares não é apenas um fato curioso, mas o reflexo de um projeto de governo que se propõe a deixar para trás as disputas estéreis e mirar em resultados práticos. Zeca compreendeu que, para destravar Arcoverde, era necessário reconstruir pontes políticas e retomar a confiança de atores que haviam sido afastados por disputas internas. Isso contrasta fortemente com o cenário vivido na gestão anterior, quando o então prefeito Wellington Maciel rompeu com seu vice, o Delegado Israel, logo no início do mandato, mergulhando a administração em um clima de tensão. Pouco tempo depois, uma nova fissura abalou o governo: o afastamento da ex-prefeita Madalena Britto, que viu sua influência política esmorecer após desentendimentos com Wellington. As quebras sucessivas de aliança enfraqueceram a gestão e deixaram a cidade paralisada por divergências que se impuseram sobre os interesses coletivos.
A postura atual de Zeca também tem repercussões além da política interna. O prefeito buscou apoio em esferas mais amplas, como a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e a Assembleia Legislativa, e encontrou respaldo no presidente da entidade, Marcelo Gouveia, e no deputado estadual Gustavo Gouveia, ampliando sua capacidade de articulação institucional. A parceria com a governadora Raquel Lyra foi essencial para destravar uma demanda histórica da população rural: a requalificação da estrada que liga o distrito de Ipojuca à sede do município. A obra, esperada há décadas, foi finalmente anunciada como prioridade após encontros e tratativas que evidenciam a disposição do prefeito em dialogar com diferentes instâncias de poder para viabilizar investimentos estratégicos. Esse avanço em infraestrutura rural é mais do que um feito administrativo; é o símbolo concreto de uma nova engrenagem política funcionando com sincronia e propósito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário