sexta-feira, 30 de maio de 2025

LIDERES DE GOVERNO E OPOSIÇÃO TRAVAM EMBATE SOBRE TRAVAMENTO DE PAUTAS NA ALEPE

A paralisação das votações na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vem gerando intensos debates e provocando reações distintas entre as lideranças parlamentares. Em meio ao impasse, o deputado Alberto Feitosa (PL), presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), foi o nome indicado pela Superintendência de Comunicação da Casa para se pronunciar oficialmente. Ele expressou solidariedade às preocupações manifestadas por empresários e representantes do setor produtivo, que temem os impactos econômicos da falta de avanço nas pautas legislativas. Segundo Feitosa, a responsabilidade pela estagnação administrativa e legislativa não recai sobre os ombros da Alepe, mas sim sobre a governadora Raquel Lyra (PSDB), a quem ele acusa de ineficiência na condução do Executivo estadual. O parlamentar relembra que, desde 2023, o Legislativo tem demonstrado abertura para colaborar com o governo, tendo aprovado sucessivos pedidos de autorização de empréstimo. Até o momento, o montante já autorizado, conforme aponta, chega a R$ 9,2 bilhões, o que, em sua visão, comprova a boa vontade da Casa em contribuir com a gestão. Para Feitosa, o governo tem transferido sua incapacidade de execução para a Assembleia, buscando culpabilizar os deputados pela lentidão nos investimentos e nas entregas. Do outro lado da disputa, a deputada Socorro Pimentel (União Brasil), líder do governo na Alepe, adota um tom mais conciliador e apela ao retorno do diálogo entre os parlamentares. Em defesa da pauta de votações do Executivo, que inclui a autorização de um novo empréstimo de R$ 1,5 bilhão, a parlamentar argumenta que os projetos são fundamentais para o desenvolvimento do estado, destacando obras estruturantes como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232. Socorro reconhece que há tensões entre os poderes, mas enfatiza que esse ambiente de acirramento não é produtivo para Pernambuco, sobretudo para a população que aguarda a realização de políticas públicas. Segundo ela, o governo está disposto a buscar um pacto que satisfaça a todos os envolvidos e garanta o avanço das matérias de interesse coletivo. A fala da líder governista tenta amenizar os atritos e abre espaço para possíveis negociações. Enquanto isso, o cenário político na Alepe segue polarizado, com discursos que alternam entre a cobrança por eficiência do Executivo e a defesa de que o Legislativo retome sua função deliberativa de forma responsável, em meio a uma crise institucional que já começa a impactar diretamente setores econômicos e sociais do estado.

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