Marcha dos Prefeitos movimenta Brasília e promete anúncios bilionários do Governo Federal
Acapital federal ferve nesta semana com a chegada de gestores municipais de todos os cantos do país. A partir de hoje, Brasília se transforma no epicentro das articulações políticas com a realização da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, evento que promete sacudir os corredores do poder e mobilizar a atenção de ministros e parlamentares.
O movimento, organizado pela Confederação Nacional dos Municípios, deve reunir mais de 13 mil pessoas durante os três dias de programação, numa verdadeira demonstração de força do municipalismo brasileiro. E não é para menos, pois os prefeitos chegam sedentos por recursos e anúncios que possam aliviar as combalidas finanças municipais.
A solenidade de abertura, marcada para esta terça-feira, 20, contará com a presença de figuras de peso da República. O presidente Lula, que já prepara um pacote de bondades para os gestores municipais, estará lado a lado com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (UP/AP), numa demonstração clara de que o evento transcende as disputas partidárias.
Fontes próximas ao Palácio do Planalto revelam que Lula não chegará de mãos vazias. O governo federal prepara uma série de anúncios robustos, donde se destaca a nova seleção do programa Minha Casa, Minha Vida nas modalidades subsidiadas. O pacote habitacional deve injetar quase R$ 15 bilhões no Fundo de Arrendamento Residencial, numa clara tentativa de aquecer a economia e garantir visibilidade em ano pré-eleitoral.
A movimentação acontece, sobretudo, num momento delicado para as contas públicas. O primeiro relatório bimestral de receitas e despesas do Executivo, previsto para ser divulgado na quinta-feira, 22, deve trazer números que acendem o sinal amarelo. A expectativa é que o documento aponte um bloqueio maior e um contingenciamento menor que, somados, devem ultrapassar a casa dos R$ 15 bilhões.
Vale lembrar que a meta fiscal para 2025 é de déficit zero – o famoso equilíbrio entre despesas e receitas – com um intervalo que permite um rombo de até R$ 31 bilhões. Nós outros sabemos bem que esse cenário exige malabarismos da equipe econômica para conciliar as promessas aos prefeitos com a responsabilidade fiscal.
A Marcha também intensifica a agenda no Congresso Nacional. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi convocado para participar de audiência conjunta das comissões de Finanças e Tributação e Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. Sua presença, que é obrigatória, deve gerar embates acalorados sobre a situação econômica do país e as demandas municipalistas.
Hodiernamente, a Marcha dos Prefeitos se consolidou como o maior evento municipalista da América Latina e momento crucial para as negociações entre os entes federados. Os gestores municipais chegam com uma extensa pauta de reivindicações, que vai desde o aumento dos repasses constitucionais até a flexibilização de regras para execução de convênios e contratos.
O evento, que já virou tradição no calendário político brasileiro, promete esquentar ainda mais o clima na Esplanada dos Ministérios, transformando Brasília numa verdadeira arena de articulações, cobranças e anúncios que podem redesenhar o mapa dos investimentos federais nos municípios brasileiros
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