Por Greovário Nicollas.
A Manobra Política do PT em Pernambuco, na corrente ligada a Humberto Vista merece uma observação. Nos bastidores da política pernambucana, o clima é de desconforto e desconfianca em relação ao que está sendo chamado de “jogo do PT”. A percepção é de que há uma tentativa deliberada de manipular as eleições, com a criação de candidaturas fictícias que, na hora “H”, se retiram do processo e servirão apenas para beneficiar o deputado federal Carlos Veras, que, à primeira vista, se apresenta como o candidato preferido do partido. A ideia é passar a “ideia” de que Carlos Veras uniu os petistas. Só que não. Tá na cara que tudo é jogo combinado para a plateia aplaudir e se iludir.
Essa estratégia, que muitos analisam como uma jogada de "dividir para somar", evidencia um padrão de comportamento que remete a práticas políticas tradicionais, em que os verdadeiros interesses estão ocultos sob uma fachada democrática. Às voltas com essa questão, Humberto Costa, figura emblemática do Partido dos Trabalhadores, volta a se destacar, mostrando seu pragmatismo e individualismo habitual ao se infiltrar e moldar os rumos da agremiação. Desde sua época como deputado federal, Costa nunca abandonou a cena, utilizando sua influência para manter o foco nas suas ambições políticas. Humberto não dar sombra nem encosto a ninguém que não venha somar algo a ele mesmo.
Entretanto, em meio a esse cenário, surge a senadora Tereza Leitão como uma exceção ao padrão. Só que Tereza discorda quando vê mídia ou espaço até mesmo pra aparecer na imprensa. Seu mandato em Brasília tá igual ao do ex-senador Roberto Freire. Os entendedores entenderão. Seu surgimento nas esferas de poder é interpretado por alguns como uma obra do destino, mesclada ao acaso, que pode sugerir e desestabilizar a estratégia do partido. A senadora Tereza Leitão desafia a hegemonia que Humberto Costa construiu ao longo dos anos, oferecendo uma alternativa real e fresca para a população pernambucana. Mas quase nunca consegue resultados.
Por outro lado, a real oposição dentro do PT parece ser representada por Fernando Ferro, que mantém sua candidatura a presidente do PT de Pernambuco. Ferro tem um histórico petista que acumula cinco mandatos em Brasília. Sua trajetória o coloca como um candidato legítimo que poderia compor uma nova frente e fazer uma nova história com potencial de representar as reais demandas da sigla e da sociedade, distantes das manobras que têm se tornado costumeiras no partido.
Assim, o que se observa é um emaranhado de interesses, onde a verdadeira voz dos filiados pode acabar silenciada em nome de estratégias políticas que buscam apenas perpetuar um ciclo vicioso de poder e o personalismo de Humberto Costa. Mantendo-se atentos, os eleitores do PED no PT, os filiados pernambucanos, precisam estar cientes das manobras que acontecem ao seu redor, entendendo que o voto é uma ferramenta poderosa que pode, sim, mudar o rumo dessa história.
*Articulista, Periodista e Colaborador do Blog do Edney*
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