A prefeita de Marituba, município localizado na região metropolitana de Belém, no Pará, Patrícia Alencar (MDB), tornou-se um dos nomes mais comentados do fim de semana nas redes sociais ao alcançar a impressionante marca de 1,2 milhão de seguidores no Instagram. O aumento vertiginoso no número de seguidores foi impulsionado por um vídeo que rapidamente se tornou viral, no qual a gestora aparece de biquíni, dançando forró em um momento descontraído de lazer. A gravação, segundo a própria prefeita, foi inicialmente vazada de um perfil privado, mas acabou sendo assumida por ela e publicada em sua conta oficial, o que gerou ainda mais engajamento e repercussão. O impacto foi imediato: apenas nos últimos três dias, cerca de 300 mil novos seguidores passaram a acompanhar suas publicações. O número atual impressiona ainda mais quando comparado com a conta institucional da Prefeitura de Marituba, que contabiliza cerca de 60 mil seguidores, o que representa uma diferença de 20 vezes em favor do perfil pessoal da prefeita. A popularidade repentina, no entanto, veio acompanhada de polêmica. Nas redes sociais, internautas se dividiram entre os que apoiaram a leveza e espontaneidade da prefeita e os que criticaram a exposição da imagem pessoal em meio a suas funções públicas. Em resposta às críticas, Patrícia Alencar adotou um tom firme e direto, rebatendo a ideia de que seu comportamento fosse incompatível com o cargo que ocupa. “Não vou abrir mão da minha liberdade por ocupar um cargo político”, declarou em um post que também viralizou. A fala foi acompanhada de uma reflexão mais ampla sobre os padrões de comportamento impostos às mulheres na política e na sociedade em geral. “Sério que toda essa confusão é por causa de uma mulher de biquíni?”, questionou, em tom de indignação. “Égua de machismo, evoluam. Mulher pode ser trabalhadora, mãe e bonitinha. Uma mulher sendo feliz e nada demais”, completou a gestora, trazendo à tona um debate que vai além do episódio específico e toca em questões estruturais sobre o papel da mulher na vida pública. Aos 37 anos, Patrícia Alencar já vinha ganhando notoriedade por uma gestão voltada à área social e por sua comunicação direta com a população através das redes. O episódio recente apenas reforçou sua projeção nacional e escancarou os limites que ainda são impostos a mulheres que ocupam cargos de poder, especialmente quando decidem expressar sua individualidade fora dos padrões considerados tradicionais. Entre apoiadores, muitos enxergam na atitude da prefeita um símbolo de liberdade e autenticidade, enquanto os críticos insistem em rotular sua conduta como inadequada. Patrícia, no entanto, parece decidida a não recuar diante da pressão e a transformar o episódio em um marco de afirmação pessoal e política.
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